A Maxmilhas, do grupo 123 Milhas, protocolou na noite de quinta-feira pedido de recuperação judicial ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais a fim de “assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com parceiros”, conforme comunicado da empresa.
O pedido, afirmou a companhia de viagens, se deve principalmente aos impactos que a reestruturação da 123 Milhas causou no mercado de agências de turismo online.
“Ainda que a Maxmilhas tenha uma operação independente, o mercado de agências de turismo online tem sido bastante impactado, o que vem dificultando significativamente a capacidade financeira da Maxmilhas”, disse a empresa.
A 123 Viagens e Turismo (123 Milhas), sua controlada Art Viagens e Turismo (HotMilhas) e a sua sócia Novum Investimentos entraram com pedido de recuperação judicial no TJMG no final de agosto, com dívidas de 2,3 bilhões de reais.
O tribunal aprovou a solicitação, mas na última quarta-feira suspendeu o processo a pedido do Banco do Brasil alegando que as recuperadas não forneceram todos os documentos necessários para o processo, além de não apresentarem a lista de credores junto à petição inicial.
A 123 Milhas disse em nota que o deferimento do pedido de recuperação judicial e seus efeitos seguem vigentes, incluindo o “período de blindagem” quando a empresa fica protegida contra ações de credores e outras medidas judiciais até que seja concluída perícia designada pelo desembargador.