O mercado de ações brasileiro está encolhendo em um ritmo acelerado e, neste primeiro semestre, encontrou um nível para o mesmo período só visto em 2019, revelam os dados do Boletim Econômico da Comissão de Valores Mobiliários publicados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) nesta segunda-feira (29).
A média diária de volume financeiro no mercado de ações esteve abaixo da média do ano passado. No entanto, o oposto pode ser observado para o mercado de FIIs e debêntures.
Em 2024, o volume médio diário ficou em R$ 19,1 bilhões até o final do 1º semestre, abaixo dos 20,7 bilhões de 2023 e 67% abaixo dos R$ 28,6 bilhões vistos em 2021. O número ainda supera os R$ 15,2 bilhões de 2019.
Volume médio diário (R$ bi) – ações (lote padrão)
Enquanto isso, o volume médio diário de debêntures cresce desde 2019. Já no mercado de fundos imobiliários (FIIs), o avanço é ininterrupto desde 2022, mas é 153% superior ao visto em 2019.
Volume médio diário (R$ bi) em debêntures e em FIIs
Além disso, o número acumulado no ano de contratos de derivativos liquidados em bolsas encerrou o trimestre abaixo do mesmo período do ano anterior apenas para os contratos futuros de índice.
Emissões
As emissões de valores mobiliários começaram com alta no primeiro semestre de 2024. Até junho deste ano, o total emitido foi de R$ 440,1 bilhões, valor que está 63% acima do mesmo período de 2023 (R$ 268,9 bilhões).
Seguindo a tendência dos últimos anos, o destaque ficou com o mercado de renda fixa, em especial, debêntures (R$ 225,2 bilhões).
Em ações, as emissões ficaram em R$ 4,9 bilhões, abaixo dos R$ 15,4 bilhões do ano passado.
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