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Mercado de ações: usando a Bola de Cristal

por Alvaro Bandeira
3 min leitura
Mercado de ações: usando a Bola de Cristal

Mercado de ações: usando a Bola de CristalCircula na Internet e em redes sociais um texto atribuído a um tal Terry Burnham (desculpe não conhecer o Senhor “queimador de presuntos”), com curriculum de ex-operador da Goldman Sachs e ex- professor de Harvard, avisando que as bolsas irão passar pelo maior crash desde o de 1929.

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Antes de tudo, precisamos olhar com ressalvas notícias e opiniões que saem na Internet e que são atribuídas como verdade absoluta por muitos frequentadores dessa mídia.

Depois, ainda que tudo seja verdadeiro, temos que olhar com alguma ressalva previsões desse nível. O dito professor de Harvard diz, em síntese, que o índice Dow Jones, hoje ao redor de 15600 pontos, está bem mais para 5000 pontos do que para chegar a 20000 pontos. Diz ainda que ninguém irá perceber o crash até que ele ocorra, graças ao cérebro de lagarto dos investidores.

Diz que a economia americana está se encaminhando para um desastre desde antes da crise de 2008, por três motivos básicos: taxa de poupança nula, gastos excessivos e dívida no limite. Política fiscal deficitária e afrouxamento monetário só pioram isso, diz o professor.

Fazemos a observação de que apenas em breve período do governo Clinton houve superávit fiscal. A economia americana sempre trabalhou alavancada. Para reforçar suas conclusões, ele cita outros adeptos, como o megagestor da Pimco, Jeremy Grantham, e o “profeta do apocalipse” Nouriel Roubini.

Aliás, Nouriel Roubini é tido como o guru que previu a crise de 2008, quando na verdade a história econômica mundial dá conta que, depois de prolongada expansão global, sempre sobrevém alguma crise.

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Isso pode ser explicado pela ampliação do risco, em função da crença de que os movimentos positivos irão se perpetuar. Na minha visão, Roubini só externalizou posição que muitos acreditavam ser factível diante do forte crescimento global, sem tirar o mérito da coragem de divulgar isso.

Ocorre que, em épocas como as vivenciadas hoje, muitos são os que aproveitam para fazerem suas previsões catastrofistas (otimistas também). Se elas efetivamente acontecerem, eles se encarregarão de lembrar que tinham previsto. Se não acontecerem, não importa. Ninguém irá mesmo lembrar-se disso!

Só resolvi dar destaque para isso, pois muitos investidores tem perguntado o que acho disso: repito que não gosto de previsões de catástrofes ou mesmo de intenso otimismo. No geral, são posturas para marcar posições, ainda que sejam baseadas em dados que podem ser sempre manipulados para o que se deseja demonstrar.

Apesar de sempre ser possível o Dow Jones atingir 5000 pontos, só como antídoto e sem ter sido professor de Harvard, poderia também afirmar que é mais fácil chegar a 20000 pontos.

Pessoalmente, prefiro projeções mais comedidas e com um passo após o outro. Convenhamos que hoje a situação é bem diversa da crise de 1929 e rumos podem ser alterados com rapidez, é claro. O mundo econômico e financeiro sempre conviverá com crises de tempos em tempos algumas como a de 2008, razoavelmente previsíveis.

É exatamente por isso que temos sugerido boa diversificação em fundos com características de risco diferentes, mas com um pouco mais de exposição. Você pode fazer isso com facilidade dentro da família de fundos da Órama, usando as ferramentas disponíveis ou ainda buscando assessoria personalizada através do canal “Fale com a Sandra”.

Foto Stocks downtrend, Shutterstock.

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