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Mercado do bem-estar sexual atrai pequenos negócios

De acordo com dados da Statista (plataforma especializada em coleta de dados), as projeções para vendas do setor de produtos eróticos são muito positivas

por Agência Sebrae
3 min leitura
Casal em atendimento

No próximo dia 6 de setembro é celebrado o Dia do Sexo. Com criatividade, a data foi criada em 2008, a partir de uma jogada de marketing de uma importante marca de preservativos para estimular a venda dos seus produtos.

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Para quem empreende no segmento de bem-estar sexual, o dia pode ser uma boa oportunidade para atrair atenção para o negócio.

Com foco no prazer, saúde e cuidado íntimo, o mercado de bem-estar sexual é um setor que se mantém aquecido nos últimos anos. Com uma grande variedade de produtos, como brinquedos eróticos (sex toys), lubrificantes, massageadores, cosméticos íntimos, comestíveis e roupas íntimas.

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De acordo com dados da Statista (plataforma especializada em coleta de dados), as projeções para vendas do setor de produtos eróticos são muito positivas.

Estima-se que até 2030, o mercado mundial de sex toys, conhecidos como brinquedos eróticos, atinja US$ 80,7 bilhões, quase o dobro do esperado para este ano (US$ 44 bilhões).

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Os números mostram um mercado muito promissor e refletem uma mudança de comportamento do consumidor. Assuntos relacionados ao sexo e ao prazer ainda são um tabu, mas atraem cada vez mais o interesse do público, principalmente feminino e de uma nova geração de consumidores com idade entre 25 e 35 anos, diz Flávio Petry, analista de Competitividade do Sebrae Nacional.

Basta lembrar que celebridades como as cantoras Anitta e Rihanna também empreendem no setor. A cantora brasileira fez uma parceria com a farmacêutica Cimed para desenvolver a fragrância do seu perfume íntimo e a pop star mundial é dona da marca de lingerie Savange X Fenty, conhecida pelos modelos que abusam da sensualidade para todos os gêneros e corpos.

Para todos os tamanhos e formatos

Segundo Petry, o mercado de bem-estar sexual ainda não está consolidado entre os grandes players, o que favorece a entrada de pequenos negócios no setor tanto no ambiente físico quanto no on-line. 

“Enquanto o ambiente digital favorece o anonimato tanto para o empreendedor quanto para o cliente que têm receio de se expor, o atendimento presencial agrega valor ao relacionamento com o cliente que quer se sentir mais seguro na hora de comprar um produto ou adquirir um serviço”, esclarece.

O analista do Sebrae também chama atenção para que outros segmentos aproveitem o momento para gerar oportunidades de venda.

Entre eles, destacam-se farmácias, salões de beleza, lojas de moda íntima com seções específicas e até mesmo docerias.

Quem empreende também tem que saber nichar as oportunidades. Neste aspecto, esse é um mercado muito favorável para atender públicos específicos, como LGBTQIA+, mulheres, consumidores de luxo, entre outros, diz Flávio Petry, analista de Competitividade do Sebrae Nacional.

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Além do prazer

Com o compromisso de disponibilizar informação de qualidade e orientação, a sexóloga e terapeuta Sabrina Munno é dona da Santa Sensualidade, empresa que organiza eventos para mulheres, como chá de lingerie, despedida de solteira, encontro de amigas, além de eventos corporativos e, até mesmo, em igrejas.

Há 8 anos atuando no mercado de bem-estar sexual, ela abriu mão de uma carreira consolidada como gerente de projetos em uma multinacional para encarar o desafio de falar sobre sexualidade de forma leve e educativa.

Comecei de forma tímida, em sociedade com duas amigas. Tínhamos um script e vendíamos os produtos. A partir de 2018, percebemos um aumento da demanda e resolvemos estruturar melhor o negócio. Criamos um site, começamos a fazer campanhas no Google e abrimos um conta no Instagram”, lembra.

Em 2021, com o fim da sociedade, Sabrina assumiu o negócio com apoio do marido. Ela se dedicou a reformular todo o negócio e resolveu aparecer nos perfis na Internet.

Os resultados positivos não demoraram a aparecer. “No ano seguinte, tivemos 37% de crescimento em comparação ao período anterior da pandemia”, relata.

Desde o ano passado, ela atende como terapeuta em um espaço próprio no bairro de Santa Cecília, na capital paulista. O local foi escolhido estrategicamente com acesso fácil ao metrô. Além do funcionamento do consultório, os espaço abriga também uma loja e espaço para pequenos eventos com grupos de até 10 pessoas.

Eu faço um atendimento com hora marcada para os clientes que também incluem casais. O local é reservado e antes de realizar uma venda, eu gosto de entender qual a real necessidade daquela compra.

Mais do que vender um produto, eu penso no bem-estar dos clientes, diz Sabrina Munno, sexóloga e terapeuta.

Com uma equipe de sete colaboradoras, a empresária investe no treinamento da equipe e na curadoria dos produtos. O objetivo é ampliar o alcance do negócio.

Atualmente, além de São Paulo, a empresa atende em Curitiba (PR). A meta de crescimento já foi ultrapassada para este ano. “Superamos a expectativa de 20% e em julho já chegamos em 33% de aumento da nossa demanda” comemorou.

Todos os anos, a empreendedora faz um planejamento para o negócio. Neste ano, por exemplo, ela criou uma loja on-line para a venda de produtos e desenvolveu novos temas para as palestras.

É uma luta diária e estou atenta a tudo, o tempo todo. Essa é uma área desafiadora em todos os sentidos. Eu me dediquei a estudar muito porque eu não queria ser mais uma no mercado.

Também tenho muito cuidado com o que eu posto nas redes sociais, diz Sabrina Munno, sexóloga e terapeuta.

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