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Mercado está pessimista demais com o Brasil, diz Bank of America

Real está "barato" em comparação com os fundamentos econômicos e representa uma oportunidade de compra, dizem os analistas

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Bandeira do Brasil

O Bank of America (BofA) divulgou nesta terça-feira (21) uma análise destacando o potencial de valorização do real brasileiro (USDBRL) e a atratividade das taxas de juros no país. Segundo os analistas David Hauner e Raghav Adlakha, o real está “barato” em comparação com os fundamentos econômicos e representa uma oportunidade de compra. Além disso, o mercado de taxas no Brasil é considerado “excessivamente pessimista”.

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O relatório ressalta que, mesmo diante de desafios fiscais, o País apresenta taxas de juros reais muito superiores ao nível neutro estimado, o que torna o mercado atrativo para investidores. “A boa notícia é que, mesmo no topo da faixa estimada, a taxa neutra está bem abaixo da atual taxa real precificada para o final de 2025”, afirmaram os analistas. A visão de que o mercado de juros está “barato” reforça a perspectiva otimista para o real e a economia brasileira.

Veja o que o Bank of America fala sobre o Brasil

Real está subvalorizado em relação aos fundamentos econômicos. Os analistas consideram o real uma moeda com potencial de valorização, apontando que “os fundamentos fiscais e monetários no Brasil sustentam uma visão otimista para a moeda”.

Taxas de juros reais estão acima do nível neutro. O BofA estima que a taxa neutra real no Brasil esteja entre 6% e 9%, enquanto as taxas atuais superam esse intervalo. “Isso indica que o mercado de juros brasileiro pode estar precificando um cenário mais pessimista do que o necessário”, observaram Hauner e Adlakha.

Precificação e previsão do BofA vs intervalo neutro real de quatro modelos

Gráfico 848
(Nota: Taxa real = taxa de juros – IPCA. Fonte: Bloomberg, Haver, BofA Global Research)

Impacto da política fiscal no cenário de taxas. O relatório destaca a divergência entre políticas fiscais e monetárias, que historicamente pressionam as taxas reais no Brasil. “Essa dinâmica, vista em 2024, reforça a necessidade de consolidação fiscal para estabilizar as expectativas de longo prazo.”

Riscos globais afetam mercados emergentes. A persistência da inflação global é um desafio para mercados emergentes como o Brasil. No entanto, o relatório aponta que o país está melhor posicionado em comparação com seus pares devido às altas taxas reais.

Ajustes fiscais ainda são necessários. Embora o Brasil tenha avançado em algumas medidas fiscais, os analistas observam que “uma melhora adicional no superávit primário é essencial para um cenário mais otimista nas taxas de longo prazo”.

Cenário global influencia a força do real. O fortalecimento do dólar é citado como um dos fatores que impactam o prêmio de risco no Brasil, mas os analistas acreditam que “os diferenciais de taxas favorecem a atratividade do real em relação a outras moedas emergentes”.

Comparação com outros mercados emergentes. Além do Brasil, o BofA vê oportunidades em mercados como Colômbia e Hungria, mas destaca o Brasil como um dos mais promissores para investimentos em taxas reais.

Projeção de cortes nas taxas até 2025. A visão do BofA é mais otimista do que o consenso do mercado, com previsão de cortes significativos na taxa real até o final de 2025. “Nossa previsão é de que as taxas reais permaneçam atrativas mesmo com cortes”, afirmaram os analistas.

A inflação continua como fator-chave. A análise aponta que a trajetória inflacionária global será determinante para as próximas decisões do Banco Central do Brasil, mas o país está relativamente protegido devido às políticas já implementadas.

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