As ações do Bradesco (BBDC3; BBDC4) já voltaram a ficar atraentes após uma queda superior a 15% em seguida à apresentação do balanço do quarto trimestre de 2023 e de um plano estratégico até 2028?
“Consideramos alterar a recomendação para compra com alto risco, imaginando que, dado um favoritismo represado pela ação entre os investidores, pudéssemos ficar de fora de um rápido movimento de alta ao primeiro sinal de uma melhoria mais contundente”, avalia o analista Rafael Reis.
Segundo ele, no entanto, a decisão foi a do conservadorismo e pela manutenção da recomendação neutra em última instância, “aguardando um conforto maior vinda efetivamente de avanços concretos, mesmo que potencialmente de forma tardia”.
Imaginário
Reis afirma “com grande segurança” que nenhuma ação do setor bancário tem estado tão presente no imaginário dos investidores, como “o único banco que ainda está barato”.
“De fato, dissociando-se preço de fundamentos, temos muitos indícios de que a ação está descontada. A relação preço/valor patrimonial abaixo de 1 e a mera comparação com a sua máxima histórica são frequentemente mencionados, apenas para citar dois”, calcula.
Entretanto, ao longo dos últimos 12 meses, no entanto, o Bradesco oscilou de forma predominantemente próxima ao Ibovespa (IBOV), evidenciando que de forma geral a expectativa para o ativo não se modificou materialmente, com os investidores em compasso de espera por dias melhores no banco.
Desempenho das ações do Bradesco nos últimos 12 meses
O preço-alvo foi mantido em R$ 18,40 para o final de 2024.
“Salientamos que este preço-alvo deriva da projeção de eventual retorno da capacidade operacional do Bradesco a índices históricos, ou seja, não contempla deterioração ou manutenção do mau momento atual por período prolongado. Mantemos, ainda, a recomendação neutra para as ações do Bradesco, entendendo que o fim do momento desafiador ainda não está claro”, aponta Reis.
