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Mercado prevê maior déficit primário em 2023 e redução em 2024, indica relatório governamental

Participantes do mercado financeiro passaram a esperar um resultado primário pior para este ano, em meio à perspectiva de uma arrecadação mais baixa

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/carlitocanhadas/Pixabay)

Participantes do mercado financeiro passaram a esperar um resultado primário pior para este ano, em meio à perspectiva de uma arrecadação mais baixa, mas melhoraram o prognóstico para o rombo de 2024, mostrou um relatório do governo nesta quinta-feira.

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O boletim Prisma de setembro, publicado pelo Ministério da Fazenda, mostrou expectativa mediana de que o Brasil registre em 2023 resultado primário negativo em 106,507 bilhões de reais, ante 104,603 bilhões estimados no relatório anterior.

Para o ano que vem, no entanto, houve uma revisão na estimativa de déficit a 83,016 bilhões de reais, contra 84,826 bilhões esperados anteriormente.

No que diz respeito à arrecadação das receitas federais considerada crucial pelos mercados para que o governo consiga atingir as metas previstas no novo arcabouço fiscal a visão mediana no Prisma passou a embutir uma projeção de 2,349 trilhões de reais neste ano, abaixo dos 2,351 trilhões previstos no boletim anterior.

Por outro lado, para 2024, a expectativa de arrecadação subiu marginalmente a 2,533 trilhões de reais, de 2,505 trilhões antes, melhora que vem em meio a esforços da equipe econômica do governo para ampliar as receitas e tentar cumprir o objetivo de déficit zero no ano que vem, ainda que sob o ceticismo de muitos participantes do mercado.

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Por outro lado, para 2024, a expectativa de arrecadação subiu marginalmente a 2,533 trilhões de reais, de 2,505 trilhões antes
(Imagem: Reprodução/ joelfotos/Pixabay)

O mercado reduziu suas projeções para a dívida bruta do governo geral a 76,12% do PIB neste ano e a 79,11% do PIB no próximo, mostrou o Prisma.

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Em agosto, a expectativa era de endividamentos de 76,19% e de 79,15%. O movimento veio após a divulgação de dados mostrando que a economia cresceu mais do que o esperado no segundo trimestre, o que levou a revisões para cima das estimativas para o PIB.

Houve ligeiro recuo na expectativa mediana de despesa do governo federal deste ano, a 2,021 trilhões de reais, contra 2,022 trilhões anteriormente.

Para o período seguinte, no entanto, a projeção aumentou a 2,172 trilhões, frente a 2,163 trilhões na leitura de agosto.

Para 2023, foi prevista receita líquida (descontados os repasses a Estados e municípios) de 1,920 trilhão de reais, ante 1,921 trilhão no último Prisma. Já para 2024, a expectativa melhorou a 2,083 trilhões de reais, de 2,076 trilhões antes.

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