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Mercado reduz aposta de corte de 0,5% na Selic de 86% para 28%

Realinhamento é resultado de dados econômicos robustos dos EUA e o aumento das incertezas fiscais no Brasil

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Edifício-Sede do Banco Central, em Brasília, Selic

Os contratos em aberto no mercado de opções de Copom mostraram uma forte queda na probabilidade de um corte de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, de 86,0% para 28,2%, na próxima reunião de 8 de maio, mostram dados da Equus Capital.

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Os dados são parte do Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS), que utiliza a Inteligência Artificial (I.A) para estimar a probabilidade indicada pelo mercado de alteração para a próxima reunião.

“Esse realinhamento decorre de dois fatores principais: dados econômicos robustos dos EUA, que sinalizam que o Federal Reserve pode não cortar juros no curto prazo, e o aumento das incertezas fiscais no Brasil, após o governo revisar para baixo a meta de resultado primário para os próximos anos”, afirma Felipe Uchida, head do departamento de análises quantitativas e sócio da Equus Capital.

Fonte: Equus

Selic terminal mais alta

Analistas consultados pelo Banco Central no relatório Focus passaram a ver menos afrouxamento monetário este ano e no próximo, embora tenham mantido a perspectiva de novo corte de 0,5 p.p. taxa básica de juros Selic na próxima reunião.

A pesquisa Focus divulgada pelo BC nesta terça-feira mostra que a estimativa para a Selic ao final de 2024 subiu a 9,50%, de 9,13% na mediana das projeções antes. Para 2025, a projeção foi a 9,0%, depois de 19 semanas em 8,50%.

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O banco JPMorgan passou a prever nesta semana que a Selic terminará este ano em 10%, ante projeção anterior de 9,5%, antecipando três cortes consecutivos de 0,25 ponto percentual cada na taxa básica de juros a partir de maio.

A economista-chefe para Brasil do JPMorgan, Cassiana Fernandez, e o economista Vinicius Moreira destacaram que o aperto das condições financeiras globais e a redução da meta fiscal do país para 2025 alteram provavelmente a avaliação do balanço de riscos do BC para a inflação.

“De fato, muitos membros do Copom parecem ter reconhecido essa possibilidade, abrindo a porta para romper o forward guidance dado na última reunião de um corte de 0,50 p.p. na reunião seguinte”, disseram. “Nesse contexto, agora achamos que o Copom fará um corte de 0,25 p.p. na reunião de maio, em duas semanas.”

Eles destacaram que o câmbio e as expectativas de inflação são os principais canais pelos quais os eventos recentes afetam os cenários do BC, ponderando que o ciclo de política monetária ainda dependerá fortemente de outras variáveis, como pressões inflacionárias domésticas e o crescimento do PIB.

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