O Itaú BBA avalia que o mercado está excessivamente preocupado com as mudanças nos preços dos combustíveis pela Petrobras (PETR4).
Apesar do histórico negativo de descolamento dos preços internacionais há uma década, a estatal adotou uma política mais alinhada nos últimos anos, reduzindo riscos para os resultados.
A análise destaca que a Petrobras agora possui uma exposição positiva aos preços do petróleo, como qualquer empresa integrada globalmente.
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O ajuste recente no diesel reforça a autonomia da companhia, mas o foco exagerado na comparação com a paridade de importação é considerado simplista e equivocado pelo banco.
Os oito pontos levantados pelo Itaú BBA reforçam que decisões de preço visam o benefício geral da empresa, não operações isoladas.
Além disso, o hedge natural entre upstream e downstream mitiga riscos de volatilidade. Essas nuances devem ser consideradas ao avaliar o impacto no valuation das ações.
Veja o que o Itaú BBA disse sobre a Petrobras
• Exposição positiva ao petróleo é um diferencial estratégico. A Petrobras agora tem exposição positiva aos preços do petróleo. Diferentemente de uma década atrás, quando o descolamento dos preços internacionais prejudicava os resultados, a estatal opera como uma empresa integrada globalmente. Esse posicionamento fortalece sua capacidade de gerar valor em cenários de alta dos preços do barril.
• Decisões buscam otimização global, não local. Como empresa integrada, Petrobras prioriza soluções para o todo. As decisões não são tomadas isoladamente para cada segmento, mas sim visando maximizar o retorno geral. Esse enfoque estratégico ajuda a mitigar riscos e garantir sustentabilidade financeira em diferentes cenários de mercado.
• Hedge natural reduz impacto da volatilidade. O hedge natural entre upstream e downstream protege resultados. A integração das operações permite que a Petrobras equilibre os impactos da volatilidade nos preços do petróleo. Essa característica é essencial para suavizar oscilações adversas e manter estabilidade operacional.
• Comparação com paridade de importação é insuficiente. Não basta focar apenas na paridade de importação. O Itaú BBA alerta que essa abordagem simplista ignora nuances importantes da política de preços. Mesmo que haja descolamentos temporários, o alinhamento à política vigente é o que realmente importa para garantir governança sólida.
• Risco de escassez de diesel é menor do que parece. Dados mostram que não há escassez mesmo com descolamentos. Durante períodos de diferença entre preços domésticos e internacionais, as importações totais de diesel permaneceram estáveis. Isso sugere que o mercado está menos vulnerável do que se imaginava no passado, reduzindo preocupações com desabastecimento.