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Mercados brasileiros patinam em gelo fino, alerta XP

Relatório aponta cenário econômico frágil no Brasil, com desaceleração do PIB, inflação persistente e desafios fiscais em meio à volatilidade global

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Gelo fino, XP

A XP Investimentos divulgou nesta quinta-feira (6) sua análise sobre a economia brasileira, destacando que, apesar da melhora recente dos ativos nacionais, o cenário continua frágil. O mercado financeiro pode estar vivendo uma “calmaria antes da tempestade”, e os investidores devem se preparar para oscilações.

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A valorização do real e a recuperação moderada dos preços das commodities trouxeram alívio momentâneo. Entretanto, incertezas persistem, especialmente no cenário global. A decisão de Donald Trump de adiar tarifas de importação reduziu tensões, mas a inflação nos EUA continua alta, tornando improvável uma redução dos juros pelo Federal Reserve (Fed) em 2025.

No Brasil, os sinais de desaceleração econômica são mais claros. O PIB deve crescer 2,0% este ano, contra 3,6% em 2024, e cair para 1,0% em 2026. O Banco Central mantém tom duro na política monetária, com projeção de taxa Selic em 15,50% no fim do ano. Mesmo assim, a inflação segue acima da meta, estimada em 6,1% para 2025.

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O principal desafio segue sendo a dívida pública, que deve continuar subindo, alcançando 80,3% do PIB neste ano e 83,9% em 2026. Apesar dos esforços do governo para cumprir a meta fiscal, as pressões orçamentárias permanecem altas.

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Veja os principais pontos da projeção da XP

A XP projeta inflação de 6,1% para 2025, longe do centro da meta. A alta se deve a fatores como demanda interna aquecida, serviços pressionados e valorização cambial instável. A inflação de bens industriais e alimentos continua elevada, e os preços administrados, como combustíveis, não devem trazer alívio. Para 2026, a expectativa é que a inflação recue para 4,5%, mas ainda no limite da meta.

O Copom deve manter juros elevados por mais tempo para conter a inflação. A XP projeta que a taxa Selic chegará a 15,50% ao longo do ano, com aumentos nas próximas três reuniões. Caso a desaceleração econômica se intensifique e o câmbio estabilize, o Banco Central pode encerrar o ciclo de alta antes do esperado.

A economia brasileira dá sinais de desaceleração, com impacto no mercado de trabalho. O PIB deve crescer 2,0% em 2025 e apenas 1,0% em 2026. Setores como indústria e comércio já mostram queda na atividade, enquanto serviços seguem resilientes. A taxa de desemprego deve subir para 7,0% neste ano e 7,8% em 2026.

Mesmo com esforços fiscais, a dívida bruta do governo seguirá em alta. A XP prevê que a dívida alcance 80,3% do PIB em 2025 e 83,9% em 2026. O governo terá menos dificuldades para cumprir a meta fiscal este ano, mas o cenário de 2026 é desafiador, com possível necessidade de novas medidas para conter gastos.

O dólar deve encerrar 2025 em R$ 6,20, refletindo fatores externos e incertezas políticas. A valorização recente do real ainda é frágil, e o cenário global segue volátil, especialmente com as políticas econômicas dos EUA. O déficit em transações correntes aumentou e deve se manter elevado nos próximos anos.

A proximidade do período eleitoral adiciona incertezas ao cenário econômico. O presidente Lula já declarou que “2026 já começou”, e o mercado observa de perto os rumos da política econômica. Medidas fiscais expansionistas podem impactar a trajetória da inflação e da dívida pública, exigindo respostas do Banco Central.

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