Os futuros do milho na bolsa de Chicago caíram abaixo de 4 dólares o bushel nesta sexta-feira no primeiro contrato do mês pela primeira vez desde novembro de 2020, com excesso de suprimentos globais e norte-americanos pesando sobre o mercado.
Os futuros da soja em Chicago também passaram a cair, à medida que as exportações semanais dos Estados Unidos cederam ao menor nível desde maio passado, segundo dados do governo.
A notícia de que pelo menos três navios de carga com destino aos EUA estavam se preparando para carregar soja em dois portos do norte do Brasil também pressionou o mercado.
A rapidez com que os preços do milho têm caído surpreendeu produtores e analistas de mercado, que afirmam que os valores baixos podem afetar a economia agrícola dos EUA, à medida que produtores finalizam seus planos de plantio de primavera.
A maioria dos futuros do milho na CBOT atingiu novas mínimas contratuais, com os futuros do milho para março na CBOT encerrando a sessão desta sexta-feira a 3,9975 dólares o bushel. No final de junho, o milho na CBOT era negociado acima de 6 dólares o bushel.
“Literalmente, não há nada sustentando o mercado de milho agora, porque simplesmente produzimos muito”, disse Karl Setzer, sócio da Consus Ag Consulting. “Há muito milho.”
Os compradores, em vez disso, estão se voltando para a América do Sul, onde os preços de exportação da soja brasileira estão com um desconto significativo em relação aos dos EUA mais baixos em cerca de 1,50 a 1,70 dólar o bushel, segundo traders.
E o trigo na CBOT reverteu sinal e caiu, seguindo o milho, em meio à notícia de que os EUA impuseram amplas sanções contra a Rússia, principal exportador mundial de trigo.
O contrato de soja mais ativo na CBOT caiu 10,75 centavos, a 11,4175 dólares o bushel. O milho fechou em queda de 5 centavos, a 4,135 dólares o bushel, enquanto o trigo cedeu 10,25 centavos, a 5,69 dólares o bushel.