O minério de ferro disparou quase 11%, acima de US$ 110, após três das maiores cidades da China — Xangai, Guangzhou e Shenzhen — afrouxarem as restrições para a compra de imóveis. Essa medida visa apoiar o combalido setor imobiliário do país, o maior consumidor mundial do ingrediente utilizado na produção de aço.
As mudanças nas políticas dessas cidades fazem parte de uma série de esforços de Pequim para revitalizar o mercado imobiliário, que enfrentava dificuldades há anos. Em Xangai e Shenzhen, as regras foram flexibilizadas, reduzindo os requisitos de entrada para a compra de imóveis.
Em Guangzhou, todas as restrições foram eliminadas, tornando-se a primeira cidade de primeira linha na China a remover completamente esses obstáculos. A flexibilização das regras, juntamente com a autorização do banco central para refinanciamento de hipotecas, deu um novo fôlego à demanda por minério de ferro.
Estímulos mais fortes para o minério de ferro
Com essas iniciativas, os contratos futuros do minério de ferro dispararam em Singapura, atingindo o maior valor desde julho. O cobre e o zinco também subiram na Bolsa de Metais de Londres, impulsionados pelo otimismo em torno da recuperação do setor imobiliário chinês.
Segundo o analista Steven Yu, da MySteel, “as medidas de estímulo da China são muito mais fortes do que o esperado”, o que elevou as expectativas de mais estímulos fiscais no futuro, favorecendo ainda mais o mercado de ferro e aço, disse à Bloomberg.
