Olá pessoal! O ano de 2010 está terminando e, como esse é o último mês do ano, proponho, nesse texto, uma retrospectiva dos artigos que escrevi nesse importante portal de educação financeira ao longo de 2010. Antes, porém, quero agradecer imensamente o convite feito pelo meu amigo Conrado Navarro para que eu compusesse o time de colunistas desse privilegiado espaço para discussões acerca do papel da educação financeira como um dos pilares para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. É uma honra muito grande fazer parte dessa equipe tão qualificada. Espero continuar a produzir conteúdo de relevância no transcorrer de 2011.
Vamos lá. “Pagar juros ou recebê-los? Você decide”. Comecei o ano discorrendo sobre a importante diferença entre pagar juros e recebê-los. Isso porque o processo de independência financeira passa necessariamente pela compreensão entre esses dois fenômenos das finanças. E o melhor é que essa decisão está inteiramente em nossas mãos.
Porém, saber essa diferença não é, por óbvio, suficiente para a melhoria de suas finanças. Você deve saber também os motivos pelos quais está poupando e investindo seu dinheiro. Afinal, seria muito mais fácil gastá-lo todo, aqui e agora no presente, não é mesmo? Foram essas reflexões que me fizeram escrever o segundo artigo do ano: “O grande segredo de ter metas financeiras”.
Lidar bem com dinheiro é, em essência, ter habilidade para lidar com números. Afinal, o salário (ou as comissões, honorários etc.) que você recebe em sua conta bancária vem em forma de números. Cuidar do orçamento doméstico é peça indispensável de qualquer bom processo de educação financeira. E isso procurei explicitar no artigo “Sucesso financeiro: medir para controlar melhor”. Ora, tudo o que é medido é mais bem controlado.
Apesar de controlar o dinheiro que sai de nossa conta bancária ser uma decisão racional, os apelos do consumo produzidos pela mídia de uma maneira geral nos fazem, muitas vezes, antecipar a compra de determinados bens, provocando não só um endividamento desnecessário, pela utilização de linhas de crédito “fáceis”, mas também um “entupimento”, digamos assim, de nossas casas com tralhas que, daqui a poucos meses, já não terão tanta utilidade e tampouco provocarão tanta emoção. Por isso é de suma importância que você “Valorize aquilo que você já tem”.
No entanto, não estou dizendo que comprar, em si mesmo, seja um ato danoso ao seu orçamento doméstico. A grande questão que se coloca é você saber fazer as compras pelos motivos certos. Comprar para compensar frustrações no plano emocional é um péssimo negócio, já comprar para recompensar esforços e metas alcançadas, um excelente negócio. Saiba mais sobre essa diferenciação no artigo “Você compra para compensar ou para recompensar?”.
Ainda dentro da temática do consumo, você já parou para pensar na quantidade de pessoas que compram apenas para impressionar os outros, sem necessidade alguma do ponto de vista interno ou pessoal? Esse é um erro que acomete grande parte das pessoas que vivem ao nosso redor. Não seja uma dessas pessoas! “Pare de tentar impressionar os outros e economize!”.
Gerenciar as finanças pessoais exige um permanente senso de autocontrole e disciplina. Não adianta nada você querer investir na Bolsa de Valores se você vive pendurado no cheque especial, rotativo do cartão de crédito, empréstimo pessoal e todas as outras formas de “crédito” – o qual deve ser lido como sinônimo de “dívida”. Simples: “Gastar menos do que ganha, regra de ouro das finanças pessoais”. Tudo começa na observância dessa regra básica.
Porém, gastar menos do que se ganha é apenas o começo do processo de educação financeira. Você não pode começar seus investimentos de longo prazo se, no curto prazo, alguma grave crise pessoal te acometer, como desemprego, doença etc., e você não tiver uma reserva de emergências para lidar com tal crise. Dessa forma, a reserva de emergência, o popular “colchão de segurança”, assume três importantes funções, e todas começam, coincidentemente, com a letra “P”. Saiba mais no artigo “Os três P’s da reserva de emergência em momentos de crise”.
Muito bem. Você já gasta menos do que ganha e já tem seu colchão financeiro devidamente formado. Vamos começar a investir! Aqui outras dúvidas começam a pairar na mente do investidor: será que terei que acompanhar diariamente as notícias da economia, assinar jornais e revistas que tratem de negócios, assistir na TV programas desse gênero? Não! Hoje, com as facilidades proporcionadas pelo Internet Banking, você pode perfeitamente automatizar seu plano de investimentos, conforme expliquei no artigo “Automatize seu plano de investimentos”.
Embora estejamos vivendo em plena era da tecnologia, muito válidas são as lições de economia doméstica e planejamento financeiro que herdamos de nossos antepassados. Comigo, não foi diferente. No artigo “Cinco lições de finanças pessoais que aprendi com meus avós” explicitei cinco importantes lições de finanças pessoais que tomei como herança. Leia a matéria e veja se você se identifica com seus próprios antepassados.
Finalmente, cuidar do dinheiro é apenas parte de nossas vidas. Mais importante que cuidar bem do dinheiro é cuidar bem de nossa saúde. Afinal, adianta alguma coisa ter muito dinheiro na conta, mas gastá-lo todo com internações hospitalares, planos de saúde e remédios caros? Certamente não! Tendo em vista que um dos objetivos centrais do Dinheirama é proporcionar leituras que agreguem qualidade de vida aos seus leitores, escrevi no artigo “Por que cuidar da saúde é financeiramente importante?” as razões pelas quais cuidar da saúde pode trazer-lhe mais sucesso financeiro.
Conclusão
Quero registrar aqui meus agradecimentos a todos os leitores desse privilegiado portal de educação financeira, pois, por meio de seus comentários, críticas, elogios e sugestões, aprendi muito mais do que ensinei. Aproveito o espaço também para desejar a todos um Feliz Natal, Próspero Ano Novo e que 2011 seja um ano repleto de realizações pessoais e profissionais. Que todos continuem sua jornada de educação financeira, sempre tendo em mente que o dinheiro é apenas um meio, uma ferramenta para melhorar a qualidade de nossas vidas nas áreas em que ele possa ter alguma utilidade. Boas Festas a todos!
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