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Ministério aprova plantio antecipado de soja em MT para dezenas de produtores

Sem o plantio antecipado de soja, a segunda safra de milho ou algodão poderia se estender e ainda precisaria de chuvas na época

por Reuters
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Pelo vazio sanitário, Estados brasileiros concordam em manter os campos livres de soja por um período (Imagem: Reprodução/nishimura1123m/Pixabay)

O Ministério da Agricultura autorizou, até o início da tarde desta sexta-feira, 48 produtores de Mato Grosso a antecipar o plantio de soja no Estado, permitindo, excepcionalmente, que a oleaginosa seja plantada antes do fim do vazio sanitário, em 15 de setembro.

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Em nota à Reuters, o ministério informou também que o número de produtores autorizados a iniciar o plantio antecipadamente em Mato Grosso, maior produtor brasileiro de soja, “deve aumentar ao longo do dia”.

Pelo vazio sanitário, Estados brasileiros concordam em manter os campos livres de soja por um período, com o objetivo de reduzir a disseminação do fungo da ferrugem asiática da soja, um dos principais desafios fitossanitários da cultura. No caso de Mato Grosso, o prazo se encerra em 15 de setembro.

Autorizações de plantio antecipado para fins comerciais antes do fim do vazio sanitário enfrentam resistência de parte do setor e do órgão de defesa agropecuária de Mato Grosso (Indea).

Segundo informação do site do Indea, não há “previsão legal” de tais autorizações. Procurado para mais esclarecimentos, o Indea não se manifestou imediatamente.

A autorização do ministério foi dada em atendimento a uma demanda da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), que argumenta que neste ano de El Niño há maiores riscos climáticos para aqueles que fazem a segunda safra, pois as chuvas poderiam “cortar” antes, entre o final de março e início de abril.

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O objetivo da Ampa foi “mitigar o potencial risco climático para a futura safra 2023/24”, uma vez que o milho e o algodão são semeados, em sua grande maioria, na segunda safra do Estado, após a colheita da soja.

Sem o plantio antecipado de soja, a segunda safra de milho ou algodão poderia se estender e ainda precisaria de chuvas na época em que se prevê que poderia já não haver precipitações necessárias para a boa finalização da temporada.

O diretor-executivo da Ampa, Décio Tocantins, disse à Reuters que os “produtores estão recebendo as autorizações do Ministério da Agricultura pelo sistema e depois procederão o plantio”.

Procurado, o presidente da associação de produtores Aprosoja Brasil, Antonio Galvan, ressaltou que o Indea não está liberando o plantio excepcional a partir desta sexta-feira, mas não soube dizer se o aval do Ministério da Agricultura pode se sobrepor ao Indea.

Segundo nota do ministério, o calendário de semeadura e o vazio sanitário têm como foco controlar a ferrugem asiática da soja no país, mas as “datas estipuladas têm um nível de flexibilidade para alterações e autorizações excepcionais, desde que os pedidos sejam encaminhados dos Estados para o Mapa com argumentação técnica”.

“Esse procedimento é feito todos os anos de forma atender às necessidades regionais, visto as diferenças de produções e climas do Brasil”, disse o ministério, ressaltando que “as decisões para definição do calendário são feitas com base em informações técnicas”.

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