A Secretaria Nacional de Aviação Civil do Ministério de Portos e Aeroportos (SAC/MPor) anunciou oficialmente o lançamento da Base Nacional de Informações de Medidas de Mitigação do Risco de Fauna.
Essa plataforma inovadora tem como propósito centralizar e compartilhar medidas sobre estratégias de gerenciamento do risco de fauna em aeródromos brasileiros, além de literatura técnica e científica nacional e internacional.
Com essa iniciativa, equipes responsáveis pelo gerenciamento do risco de fauna nos operadores aeroportuários, instituições envolvidas na gestão ambiental e segurança operacional de aeródromos, bem como membros da comunidade acadêmica, terão acesso facilitado a informações que anteriormente estavam dispersas em diversos relatórios e estudos.
A implementação de medidas de mitigação do risco de fauna é fundamental para reduzir os perigos associados à presença de animais em aeródromos, contribuindo assim para uma operação mais segura da aviação.
A Base Nacional de Informações de Medidas de Mitigação do Risco de Fauna, contém 5.377 medidas abrangendo 122 espécies, incluindo aves, mamíferos e répteis, e 216 grupos faunísticos encontrados no Brasil.
A disponibilização dessa base de dados visa tornar as ações de gestão aeroportuária mais eficazes no que diz respeito ao gerenciamento do risco de fauna.
O projeto foi desenvolvido pelo MPor em parceria com o Laboratório de Transportes e Logística da Universidade Federal de Santa Catarina (LabTrans/UFSC).
O projeto incluiu estudos voltados para a identificação das espécies de avifauna envolvidas em colisões com aeronaves, quase colisões e avistamentos, bem como o desenvolvimento de atividades relacionadas ao gerenciamento do risco de fauna na operação de aeródromos brasileiros.
A Base Nacional de Informações de Medidas de Mitigação do Risco de Fauna está disponível gratuitamente para a comunidade aeroportuária e para todos os interessados no tema, promovendo assim um aumento da segurança operacional na aviação.
Riscos
Segundo a Anac, a presença de aves em aeródromos e em seus arredores afeta globalmente a segurança da aviação civil. Isso gera um risco iminente de colisão de aves com aeronaves, inclusive nas fases de decolagem e de pouso, que são precisamente os momentos mais críticos de uma operação aérea.
Nenhum tipo de aeroporto ou aeronave está imune ao impacto com aves e essas colisões podem causar danos diretos às aeronaves, com elevados custos de manutenção e até a destruição total da aeronave.
Essas colisões podem ainda provocar impactos mais graves, inclusive com fatalidades.
Outro problema refere-se à formação de ninhos nas instalações aeroportuárias, que podem gerar danos estruturais aos edifícios, à pavimentação, aos equipamentos e às próprias aeronaves, além de desconforto e de problemas de saúde às pessoas que circulam pelo aeroporto.