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Moody’s: alta do PIB não é suficiente para consolidação fiscal

Em maio deste ano, a Moody’s anunciou a manutenção do rating de crédito do Brasil em Ba2

por Reuters
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Varejo

A vice-presidente e analista sênior da agência de classificação de risco Moody’s Ratings, Samar Maziad, afirmou nesta quarta-feira que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não vai ser suficiente para que o Brasil promova a consolidação fiscal, defendendo ações do governo também do lado das despesas.

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“Assumindo que a dinâmica de crescimento permaneça como esperamos, com 2% ou 2,5% (de alta do PIB)… isso vai facilitar a consolidação fiscal, mas sozinho não vai ser o suficiente”, comentou Maziad em entrevista a jornalistas após evento da Moody’s em São Paulo.

“Também precisamos de uma melhora do lado fiscal”, acrescentou, defendendo ajustes “do lado dos gastos”.

A analista disse ainda acreditar que, para 2025, o governo precisará adotar mais medidas na área fiscal.

Em maio deste ano, a Moody’s anunciou a manutenção do rating de crédito do Brasil em Ba2, mas alterou a perspectiva do país de “estável” para “positiva”. A nota mantém o país ainda na categoria de grau especulativo, que sinaliza risco maior para o investidor.

Questionada sobre quando a agência poderá novamente anunciar mudanças no rating brasileiro, Maziad afirmou que não há datas específicas para isso, mas que tipicamente novos anúncios são feitos após 12 meses.

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Ela reforçou, ao tratar do rating, que a agência gostaria de ver uma “melhoria na performance fiscal” do país e disse que isso passa pelo atingimento da meta fiscal, além da melhora da composição de gastos.

Volatilidade e Banco Central

Durante a coletiva, Maziad minimizou eventuais impactos da volatilidade global sobre o rating soberano do Brasil.

“Corporações podem ser impactadas pela volatilidade, mas sob a perspectiva do rating soberano… não é relevante”, disse.

A executiva também minimizou possíveis impactos da mudança de comando do Banco Central do Brasil a partir de 2025, após a saída do atual presidente, Roberto Campos Neto.

Segundo ela, é normal haver uma transição quando um mandato termina, mas a agência acredita que o BC vai continuar perseguindo a meta de inflação.

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