A Moody’s avalia que, no médio prazo, o segmento de escritórios da Syn (SYNE3) deverá ter uma melhora pequena na vacância, com aluguéis sendo reajustados pela inflação. Enquanto isso, para shoppings, a agência de classificação de risco espera manutenção do atual patamar saudável de ocupação e aluguéis reajustados pela inflação.
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“Projetamos a entrega e o aluguel do restante dos galpões em que a empresa tem participação. Para as métricas de crédito, esperamos continuação das melhorias que começaram no terceiro trimestre de 2024, com o pré-pagamento da 13ª emissão de debêntures”, aponta Alain Nicolau, analista sênior de crédito.
Segundo a avaliação divulgada nesta quinta-feira (28), a visão de crédito da Moody’s incorpora uma gestão prudente dos ativos imobiliários e dos passivos financeiros, além de um histórico de geração de valor através da reciclagem de capital.
“Por outro lado, o rating é limitado pelo alto nível de endividamento e pouca geração recorrente de resultados. Além disso, reflete a redução da escala da operação com as vendas de ativos e concentração do portfólio de Office em regiões de maior vacância e aluguéis mais pressionados, compensado parcialmente pela relevância econômica destas cidades”, alerta Nicolau.
Ele ressalta que, com o resultado da recente venda de grande parte dos seus ativos de shopping, houve importante melhora nos indicadores de dívida líquida da empresa, mas não em dívida bruta de forma relevante.
Apesar disso, a venda reduziu a escala da operação e diminui a competitividade do portfólio ao aumentar a concentração em escritórios A e ativos que estão em sua maioria localizados em regiões de maior vacância e aluguéis mais pressionados.
Vendas
Na semana passada, a Syn anunciou a venda de sua participação na SPX SYN Participações para a SPX Capital. Com isso, a joint venture formada em 2021 entre a companhia e a SPX foi encerrada.
O preço da venda é de R$ 9,850 milhões. O valor será pago em moeda corrente, na data do fechamento da transação.
“Por fim, a companhia reitera seu compromisso em manter os acionistas e o mercado em geral informados a respeito deste e de qualquer outro assunto relevante”, destaca o documento.
Resultados
A Syn registrou uma receita líquida de R$ 47,9 milhões no 3º terceiro trimestre de 2024, marcando uma queda significativa de 40,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, que contou com receitas de R$ 80,5 milhões, mostrou um comunicado enviado à CVM nesta quinta-feira (14). O lucro líquido chegou a R$ 22,6 milhões, melhora de 534,2% em comparação a um ano antes.
Esse recuo foi impulsionado principalmente pela diminuição das receitas de locação, especialmente no setor de shopping centers, cujos retornos apresentaram um declínio expressivo devido a transações recentes e alterações nas participações em ativos.