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Moralidade e mercado financeiro…é possível? O que pensa Soros

Para ele, os mercados financeiros não são governados pela moralidade. Por isso, o megainvestidor assume posições sociais "ganhando ou não"

por Conrado Navarro
3 min leitura
George Soros

Ele espirra, as ações pelo mundo despencam. Se ele está de bom humor, elas voltam a subir. Assim é George Soros, 94 anos, bilionário e filantropo assumido. Com enorme capacidade de antever boas oportunidades e aproveitá-las, ele resume bem o que devemos fazer com nosso dinheiro: entrar para ganhar.

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Em um livro de tendências autobiográficas intitulada “A Era da Insegurança” (Editora Campus/Elsevier, 212 páginas), Soros traz diversos depoimentos e passagens deste megainvestidor que ficou conhecido como “o homem que quebrou o Banco da Inglaterra” depois do episódio onde ganhou US$ 1 bilhão em 24 horas em 1992.

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“Nos mercados financeiros, assumo posições para ganhar. Na esfera social, assumo posições porque acredito nelas, ganhe ou não. Esta é a diferença entre os mercados financeiros, que não são governados por considerações morais, e a esfera social, em que a moralidade deve ter um papel a cumprir”.

Será que não estamos sendo coniventes demais com o que esperamos de nosso dinheiro e das pessoas que, supostamente, cuidam dele?

Soros: entrar para ganhar

Entrar para ganhar é a regra número um, mas nem sempre estamos dispostos a enfrentar os riscos para levar adiante tão séria decisão. Por quê? Falta coragem? Preguiça de aprender mais? Falta de tempo? Independentemente da desculpa, investidores como ele continuarão adorando que sejamos tão desleixados. A leitura do livro deixa isso bem claro. De que lado você quer estar?

Segundo o seu site, Soros tem sido um proeminente apoiador internacional de ideais e causas democráticas por mais de 30 anos. Sua organização filantrópica, a Open Society Foundations, apoia a democracia e os direitos humanos em mais de 100 países.

Sobre o livro

George Soros fez bilhões antecipando mudanças sísmicas nos mercados financeiros e usou esse dinheiro para tentar mudar o mundo. Em The Age of Fallibility, ele traz esse comprometimento ao assunto que o preocupa desde 2001: o estado degenerado da América.

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Ele analisa as falhas trágicas não só do atual governo, com o qual suas diferenças são muito bem documentadas, mas as falhas visão americana em relação ao mundo.

“Estadista sem Estado”, que não precisa moderar sua mensagem em nome de acomodações partidárias, Soros faz a sua mais profunda descrição de como o país que deveria servir de guia para a boa governança em todo o mundo perdeu o rumo, a ponto de acreditar em sua própria retórica criadora de mitos, desafiando os acontecimentos que vão moldar nosso futuro. Soros insiste em que os Estados Unidos precisam “passar por uma profunda transformação”.

Em A era da insegurança, Soros, além de expor e desenvolver os conceitos que o orientaram ao longo de toda a vida, analisa os problemas que atualmente o preocupam: a guerra ao terror, como estimular o desenvolvimento democrático e reduzir a pobreza e como lidar com o aquecimento global e a proliferação nuclear.

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