Elon Musk disse que recusou um pedido ucraniano para ativar sua rede de satélites Starlink na cidade portuária de Sebastopol, na Crimeia, no ano passado, para ajudar em um ataque à frota russa no local, dizendo temer cumplicidade em um “grande” ato de guerra.
O empresário bilionário fez o comentário em sua plataforma de mídia social X, depois que a CNN citou um trecho de uma nova biografia de Musk que diz que ele ordenou que a rede Starlink fosse desligada perto da costa da Crimeia no ano passado para interromper o ataque ucraniano.
Na postagem na rede social X anteriormente conhecida como Twitter na noite de quinta-feira, Musk disse que não tinha escolha a não ser rejeitar um pedido de emergência da Ucrânia “para ativar o Starlink até Sebastopol”. Ele não informou a data do pedido e o trecho da biografia não a especificou.
“A intenção óbvia era afundar a maior parte da frota russa ancorada”, escreveu Musk. “Se eu tivesse concordado com o pedido deles, a SpaceX seria explicitamente cúmplice de um grande ato de guerra e escalada de conflitos.”
De acordo com a CNN, a nova biografia “Elon Musk”, escrita por Walter Isaacson e que será lançada pela Simon & Schuster na terça-feira, diz que quando drones submarinos ucranianos carregados de explosivos se aproximaram da frota russa no ano passado, eles “perderam a conectividade e chegaram à costa inofensivamente”.
Segundo o livro, a decisão de Musk, que fez com que as autoridades ucranianas lhe implorassem para ligar novamente os satélites, foi motivada por um medo agudo de que a Rússia respondesse a um ataque ucraniano com armas nucleares.
A CNN disse que, de acordo com a biografia, isso foi fundamentado nas conversas de Musk com altos funcionários russos e em seus temores de que um “mini-Pearl Harbor” acontecesse.