Quando ocorre uma dificuldade para cumprir as obrigações financeiras, muitas pessoas se deparam com a dúvida: “não tenho como pagar minhas dívidas, o que fazer?”.
São mais de 73 milhões de pessoas em situação de inadimplência no país, segundo os dados do levantamento mais recente do Mapa da Inadimplência feito pela Serasa.
Esse alto número pode ser explicado por diferentes razões, como desemprego, imprevistos que acontecem ou outras razões. Para saber o que fazer em caso de dívidas que está com dificuldade de pagar, confira algumas dicas neste artigo.
Entenda o que fazer quando não consegue pagar as dívidas
Neste exato momento, muitas pessoas podem estar com a mesma dúvida: “Não consigo pagar minhas contas. O que fazer?”. Por diferentes motivos, esse é um problema enfrentado por milhões de pessoas no Brasil.
Por isso, este texto elenca um passo a passo para quem busca manter as contas em dia. Com planejamento e persistência, isso é possível. Confira:
Passo a passo para conseguir pagar as contas
Se a questão “não tenho como pagar minhas dívidas” está passando por sua mente, confira algumas etapas que podem ajudar a solucionar o problema:
Faça um levantamento das prestações em aberto e do valor das dívidas
O primeiro passo para solucionar a situação é encará-la de forma honesta. Anote todas as dívidas que ainda precisam ser pagas, incluindo informações como:
-empresa credora;
-motivo da dívida;
-valor total da dívida;
-quantidade de prestações pagas, vencidas e a vencer;
-valor mensal das prestações;
-taxas de juros (se houver).
Dessa maneira, ficará mais fácil saber a real situação da dívida e o que pode ser feito para quitá-la. Caso não consiga pagar todas as dívidas, comece por uma e conforme o tempo vai passando acrescente as outras aos poucos, até quitá-las por completo. O importante é traçar o plano e ser fiel a ele.
2. Defina seu orçamento
Entenda o quanto é possível pagar por mês para abater no saldo da dívida. Para isso, se organize com planilhas ou uma tabela financeira.
Sabendo qual seu orçamento mensal, defina o máximo de valor que pode ser reservado para pagar a dívida. E tente também cortar ou diminuir algumas despesas para sobrar mais dinheiro, conforme o próximo passo.
3. Reestruture os gastos mensais
Com isso, o próximo passo é rever todos os gastos mensais para tomar duas decisões:
-cortar e/ou reduzir algumas despesas: reduza e corte certas despesas desnecessárias – ao menos durante o pagamento das dívidas.
-estabelecer novas prioridades: mantenha o foco no pagamento das contas para se livrar das dívidas mais rapidamente. Nem sempre é preciso deixar o lazer de lado, mas reduzir os gastos destinados a ele pode ser necessário.
4. Troque dívidas caras por outras mais baratas
As dívidas caras são aquelas com taxas de juros e/ou parcelas mais altas, tornando o valor devido maior.
Nesse caso, se for possível, tente pegar um novo empréstimo com taxa de juros menor para quitar a dívida cara à vista e passar a pagar a nova dívida com prestações menores e/ou prazo maior.
5. Busque renda extra
Essa dica é fundamental para todos, inclusive para quem não está endividado. Afinal, um dinheiro a mais no final do mês faz toda a diferença para a saúde financeira.
Fazer renda extra é uma das melhores maneiras de quitar as contas mais rapidamente. E não é preciso sair de casa para isso.
Atualmente existem muitas opções de renda extra que podem ser feitas pela internet, depois do expediente normal de trabalho. Aliás, muitas dessas opções podem se tornar no longo prazo a fonte de renda principal.
![Dívidas](https://media.dinheirama.com/medias/uploads/2023/10/20231009-divudas-1024x576.jpg)
6. Estude educação financeira
Estudar educação financeira não significa necessariamente voltar à sala de aula para fazer uma faculdade de economia.
Estudar educação financeira é ter acesso a conteúdos de qualidade (como o Blog da Serasa) e que ajudam a organizar melhor as finanças. Exemplos do que pode ser aprendido:
-organização financeira pessoal e familiar;
-investimentos financeiros para construir um patrimônio;
-como calcular e onde guardar a reserva de emergência;
-como tomar melhores decisões financeiras;
-estratégias para conquistar a independência financeira.
7. Negocie as dívidas com os credores
Por fim, busque negociar as dívidas com os credores – logo após saber quais são e os valores.
Porém, antes de entrar em contato direto com eles, uma dica é acessar a plataforma do Serasa Limpa Nome para conferir se já existem ofertas de negociação. Para isso, leia a próxima dica.
8. Consulte opções de negociação no Serasa Limpa Nome
A Serasa tem parceria com várias empresas, bancos e instituições financeiras que podem liberar ofertas de negociação cujos descontos podem chegar a 90%.
É possível negociar pelo site, aplicativo (iOS e Android) ou WhatsApp (11) 99575-2096.
Confira o passo a passo para negociar pelo site ou app:
–Confira suas dívidas negativadas e contas em atraso. O primeiro passo é criar seu cadastro gratuitamente no Serasa Limpa Nome. Ao informar seus dados, um login de acesso será gerado para você consultar seu CPF e verificar dívidas ou contas em atraso.
–Selecione os acordos disponíveis. As empresas com as quais você mantém ou manteve relacionamento podem disponibilizar ofertas de acordo na plataforma, que você pode consultar já na tela inicial. Para aceitar a oferta, basta clicar nela e confirmar. Um boleto será gerado para pagamento.
Pague o boleto. Após pagar o boleto, logo você receberá a confirmação por e-mail e no ambiente da plataforma. Todo esse procedimento é realizado de forma 100% segura e com o consentimento das empresas parceiras.
9. Participe do Feirão Serasa Limpa Nome
Além disso, duas vezes por ano, a Serasa promove um grande evento no país: o Feirão Serasa Limpa Nome, que ocorre periodicamente em diversas cidades brasileiras.
Então, organize-se para participar do evento. Caso a empresa ou banco em que a dívida existe estiver participando da feira, poderá ser possível negociá-la com grandes descontos – que podem chegar a 90%.
O (alto) preço do endividamento
Neste contexto, também é preciso frisar as consequências da inadimplência. Isso é importante para encontrarmos as motivações necessárias para sair dessa situação.
Uma das principais consequências é o CPF negativado. Isso significa que a pessoa foi inscrita pela empresa credora nos órgãos de proteção ao crédito, como a Serasa.
Quando o nome de alguém está negativado, fica mais difícil ser aprovado em análises de crédito, seja para pedir mais empréstimo, seja para ter um cartão de crédito ou entrar em um financiamento imobiliário, por exemplo.
No entanto, existem também outras consequências como as psicológicas. É o que explica a psicóloga do dinheiro Valéria Meirelles:
“A ansiedade vai invadindo a vida da pessoa que busca incansavelmente uma solução para zerar sua situação. Ela passa a viver com pensamentos voltados ao futuro, não consegue relaxar e consequentemente, não dorme também. Quando são dívidas voltadas à escola dos filhos, à faculdade, aluguel ou condomínio, ou seja, contas básicas, os sentimentos se agravam”, explicou a psicóloga, em entrevista para a Serasa.
“Fiz um acordo com o banco, mas não consigo pagar. E agora?”
Depois de saber como resolver o dilema de “não tenho como pagar minhas dívidas”, pode ser que ocorra outro problema: a dificuldade de pagar as novas parcelas negociadas ao fazer um acordo com o banco ou empresa credora.
O que fazer se não conseguir pagar as parcelas negociadas?
A solução pode ser a chamada novação de dívida. Nela, o devedor entra em acordo com o banco ou empresa para extinguir a dívida antiga e torná-la uma nova dívida.
As renegociações que citamos acima também são novações de dívida. No entanto, caso a pessoa não consiga realizar as renegociações na plataforma, ela pode pedir pela novação diretamente à instituição credora.
A importância de fazer isso é porque demonstra ao devedor que a pessoa está realmente preocupada com a situação e disposta a pagar a dívida. Caberá à empresa entrar em um acordo para que isso seja possível.