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Não há razão para nenhuma distribuidora de energia perder concessão, diz CEO da CPFL

Na véspera, o CEO da companhia avaliou que o atraso na definição das diretrizes é negativo para os investidores, uma vez que traz "instabilidade desnecessária" para um setor que depende de perspectiva de longo prazo

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: freepik/@ wirestock)

Não há razão para que nenhuma distribuidora de energia perca a concessão se considerados os parâmetros regulatórios vigentes, avaliou nesta sexta-feira o CEO da  CPFL Energia (CPFE3), Gustavo Estrella.

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“Acho que não há embasamento técnico para nenhum ‘player’ hoje perder a concessão, inclusive a Enel. Acho que do ponto de vista regulatório é muito negativo para o setor, sinceramente espero que isso não aconteça”, disse o executivo, durante teleconferência para comentar os resultados trimestrais da companhia.

O executivo deu a declaração ao ser questionado por analista sobre a maior pressão que a distribuidora Enel São Paulo vem enfrentando devido a falhas mais recorrentes no fornecimento de energia a consumidores. Nesta semana, a concessionária voltou a ter problemas na capital paulista devido a dificuldades com sua rede subterrânea.

Estrella reconheceu a validade do debate sobre regras mais firmes para atendimento dos consumidores, principalmente diante dos eventos climáticos extremos cada vez mais recorrentes, mas ressaltou que o arcabouço regulatório atual deve ser respeitado.

“Podemos discutir quais seriam as novas regras, quais são as novas demandas que a regulação pode trazer, e aí a gente joga o jogo novo. Mas o jogo, da forma que está posto hoje, não há nenhuma razão para algum player perder concessão”, disse Estrella, defendendo a previsibilidade regulatória do setor elétrico.

A CPFL discute a renovação das concessões de três distribuidoras: CPFL Paulista e RGE Sul, com contratos vencendo em 2027, e CPFL Piratininga, em 2028.

Na véspera, o CEO da companhia avaliou que o atraso na definição das diretrizes é negativo para os investidores, uma vez que traz “instabilidade desnecessária” para um setor que depende de perspectiva de longo prazo.

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