A nova petroleira brasileira 3R (RRRP3), formada após a conclusão da incorporação da Enauta (ENAT3) concluída na véspera, vai se concentrar em ativos de menor risco e retorno mais rápido, afirmou nesta sexta-feira o CEO da companhia, Décio Oddone, a jornalistas.
Depois da eleição na véspera da nova diretoria-executiva, agora a companhia vai se debruçar nos próximos meses na elaboração de seu planejamento estratégico, com conclusão prevista para até novembro.
Oddone explicou que a companhia deverá receber um novo nome e irá traçar objetivos para o futuro, evitando entrar em detalhes sobre o que será traçado, mas adiantou que a nova empresa deverá evitar atividades de alto risco, como a exploração de novos campos.
“A gente não pensa em fazer exploração de alto risco nessa companhia, a gente quer concentrar investimentos em ativos de menor risco e de retorno mais rápido”, afirmou Oddone, em coletiva de imprensa para apresentar a nova diretoria.
O novo planejamento estratégico, que será elaborado, irá definir e direcionar os próximos passos da nova empresa, que nasce com um caixa com disponibilidade de 1,6 bilhão de dólares, que permitirá a avaliação de novos investimentos, remuneração de acionistas, dentre outras questões.
Os executivos evitaram falar sobre planos futuros, como sobre a possibilidade de aquisição de novos ativos, antes da conclusão do planejamento, mas Oddone afirmou que “uma companhia como a nossa tem a obrigação de estar sempre atenta a oportunidades”.
Segundo o diretor de Relações com Investidores e Novos Negócios, Pedro Medeiros, “é natural que, com a composição da equipe que a gente tem, com o portfólio que a gente tem, que a gente tenha capacidade de adicionar valor em outros projetos e novos projetos”.
3R e Enauta são duas das principais produtoras independentes de óleo e gás do país, habilitadas a operarem ativos em campos onshore e offshore, incluindo campos no pré-sal. Através de suas subsidiárias, ambas atuavam nos segmentos de upstream, e a 3R nos segmentos midstream e downstream da cadeia de petróleo e gás.
No segundo trimestre, a produção de ambas somou 80 mil barris de óleo equivalente por dia, sendo grande parte de petróleo, mas com potencial para aumentar diante de projetos já em desenvolvimento.