O Nubank (NU; ROXO34) divulgou nesta terça-feira que obteve lucro líquido de 224,9 milhões de dólares no segundo trimestre do ano, revertendo prejuízo de 29,9 milhões de dólares um ano antes, em período marcado por expansão de receitas e base de clientes.
Em termos ajustados, o lucro da plataforma de serviços financeiros digitais atingiu 262,7 milhões de dólares, em comparação com 17 milhões de dólares no mesmo período de 2022. O retorno sobre o patrimônio (ROE) ajustado alcançou 19%.
A receita saltou 60% em base neutra de câmbio, para quase 1,9 bilhão de dólares, um novo recorde histórico, refletindo, segundo o grupo financeiro, crescimento no número de clientes e níveis mais altos de monetização de clientes no Brasil.
Projeções compiladas pela Refinitiv apontavam lucro de 197,6 milhões de dólares e receita de 1,7 bilhão de dólares.
No segundo trimestre, foram adicionados 4,6 milhões de clientes, em um total de 18,4 milhões em um ano, atingindo ao final do primeiro semestre um total global de 83,7 milhões, um crescimento de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Apenas no Brasil, afirmou o Nubank, a base de clientes atingiu 79,4 milhões em 30 de junho de 2023.
“No Brasil, seguimos com nossa trajetória de crescimento, com um a cada dois adultos como cliente do Nu, e nos tornamos a quarta maior instituição financeira no país em número de clientes”, afirmou o fundador e presidente-executivo do Nubank, David Vélez, no comunicado com a divulgação do resultado.
Em julho, após o fechamento do segundo trimestre de 2023, o Nubank ultrapassou a marca de 85 milhões de clientes globalmente e 80 milhões no Brasil.
A receita média mensal por cliente ativo (ARPAC, na sigla em inglês) atingiu 9,3 dólares, alta de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior em base neutra de câmbio, com grupos mais maduros apurando receita mensal acima de 24 dólares.
“O engajamento e a principalidade também continuaram a aumentar, com o Nu se tornando o principal relacionamento bancário para mais de 58% dos clientes ativos mensais que estão com o Nu há mais de um ano”, acrescentou.
O custo médio mensal de atendimento por cliente ativo permaneceu praticamente inalterado, em 0,8 dólar. O índice de eficiência da companhia, que reflete a alavancagem operacional do Nubank, atingiu 35,4%.
Os depósitos no segundo trimestre cresceram 23% ano a ano, para 18 bilhões de dólares, enquanto o portfólio de crédito total cresceu 48%, para 14,8 bilhões de dólares.
O índice de inadimplência para mais de 90 dias aumentou 0,4 ponto percentual na base sequencial, para 5,9% no segundo trimestre, mas na categoria entre 15 e 90 dias recuou 0,1 ponto, para 4,3%.
“As despesas com provisão para perdas de crédito cresceram principalmente devido ao crescimento do portfólio de crédito do Nu, uma vez que o Nu provisiona as perdas esperadas no momento da originação do crédito”, disse a empresa em balanço.
A margem financeira líquida (NIM) cresceu 2,6 pontos na comparação trimestral e 8,6 pontos ano a ano, para 18,3%, máxima histórica.
Veja o resultado abaixo: