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Nucel, do Nubank (ROXO34), não é disruptivo, avalia Ágora

Os planos oferecidos pela empresa não apresentam diferenciais significativos em comparação com concorrentes como Claro Flex e Vivo Easy

por André Torres
3 min leitura
Nubank

A Ágora Investimentos divulgou uma análise sobre o lançamento do NuCel, o serviço de telefonia móvel do Nubank (ROXO34), classificando-o como uma iniciativa interessante, mas sem impacto disruptivo no mercado.

Os analistas Daniel Federle e Flávia Meireles destacaram que, apesar do potencial de alavancagem pela forte marca do Nubank, os planos oferecidos pelo NuCel não apresentam diferenciais significativos em comparação com concorrentes como Claro Flex e Vivo Easy.

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Embora o serviço possa atrair uma base inicial de clientes por meio de integração com o ecossistema do Nubank, especialmente os usuários de cartão de crédito, o alcance é limitado a dispositivos com eSIM e aos clientes já cadastrados.

“Acreditamos que é improvável que os planos da NuCel sejam disruptivos do ponto de vista comercial ou de qualidade”, afirmam os analistas.

O NuCel opera inicialmente apenas em dispositivos compatíveis com eSIM, restringindo o público-alvo. “O mercado endereçável é limitado por enquanto, já que apenas clientes de cartão de crédito Nubank têm acesso ao serviço”, apontam Federle e Meireles.

Os planos variam de R$ 45 a R$ 75, com pacotes de dados de 15 GB a 35 GB, WhatsApp ilimitado e rendimento exclusivo de 120% do CDI em investimentos de até R$ 10 mil. Apesar dos atrativos, “os preços são geralmente menos competitivos do que os de serviços similares, como Claro Flex e Vivo Easy”.

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A Ágora avalia que o NuCel não deve afetar a racionalidade de preços atual no setor. “Esperamos que o NuCel não ameace o ambiente positivo de preços neste momento”, reforçam os analistas.

A proposta de pagamento direto no cartão de crédito Nubank facilita a experiência do cliente e pode atrair usuários já fidelizados. “A distribuição eficaz e a reputação da marca podem gerar alguma participação de mercado”, destacam.

Os primeiros números sobre o desempenho do NuCel devem aparecer nos dados da Anatel de janeiro, previstos para divulgação em fevereiro e março. “Esses dados incluirão a NuCel nos números da Claro”, explicam os analistas.

Com concorrentes já consolidados no segmento de planos digitais, como Claro Flex e Vivo Easy, o NuCel terá desafios para conquistar participação significativa sem oferecer vantagens comerciais ou qualitativas relevantes.

Apesar do interesse inicial do público, o NuCel é visto como um complemento ao ecossistema do Nubank, sem potencial imediato para mudar o mercado de telefonia móvel. “O impacto é neutro, com destaque para a integração com a plataforma do Nubank”, concluem os analistas.

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