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O intervencionismo e o Estado Papai

por Plataforma Brasil
3 min leitura
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dinheirama-post-intervencionismo-estado-papaiPor Gustavo Chierighini (@GustavoChierigh), fundador da Plataforma Brasil Editorial.

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Caro leitor, enquanto o panorama econômico insiste na “pista de patinação” e na espera da retomada de algum nível de confiança de investidores, consumidores e empresários, volto-me para a origem de algumas mazelas. Ressabiados, evitamos previsões assim como também não nos arriscamos a engrossar coros mais otimistas.

Ao observar as mazelas de perto, constatamos fetichismo em estado bruto e abundante. Mais do que isso, elas são dotadas do dom da sobrevivência, resistindo aos séculos, aos líderes e permeando praticamente todas as matizes partidário-ideológicas da nossa jovem história.

História, como sabemos, de intervencionismo estatal constante e ineficiência governamental (velhas irmãs de sangue), com breves surtos aqui e ali de reformas liberalizantes, mas que são apenas surtos, que logo passam.

E quando passam, eis que surge ele, o poderoso, magnânimo, majoritário e esmagador Estado Papai. Forte, manipulador, sedutor, preguiçoso e caro, muito caro como sabemos tão bem.

Alimentado pela progressão do seu próprio tamanho – quanto maior mais necessário (e mais caro) – e pelo fetiche que alguns alimentam sobre os seus “poderes robóticos”, o Estado Papai vai ficando cada vez mais melindroso e forte para perenizar a sua necessidade, por mais que muitos dos seus filhos desejem liberdade, emancipação e menos chateação.

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O fato é que, envolto em um fetiche de duplo vetor – o Estado Papai exagera na concepção de sua missão, assim como parte dos seus filhos carece de imaginação para viver sem ele –, acaba por originar uma resultante dotada de doentia interdependência, que atrasa o progresso, emperra o desenvolvimento tecnológico de ponta (e o mediano também) e desestimula o livre empreendedorismo.

Em resumo, esta acolhida nitidamente liberal pode até sugerir mais do mesmo aos espíritos mais críticos e avessos ao pensamento único, mas trago à tona a justiça de que o problema em questão não é privilégio de execução de um ou outro grupo político – antes, ele se encontra grudado atavicamente ao nosso DNA cultural.

Como solucionar esse enigma? Sugiro uma receita composta por baixíssimas doses de tolerância à ineficiência estatal, fortes doses de consciência tributária e fiscalização indagadora das políticas públicas.

Some a isso uma pitada de saudável irreverência civil e urgência por liberdade de ação, criação e pensamento crítico. O que você adicionaria a essa receita? Deixe sua opinião no espaço de comentários abaixo. Até o próximo.

Foto shadow on the wall, Shutterstock.

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