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O passado nos condena ou pode nos libertar?

por Janaína Gimael
3 min leitura
O passado nos condena ou ele pode nos libertar?

Conversei com a Heloísa Capelas, do Centro Hoffman, recentemente. E num papo sincero de algumas horas, regado por um bom café, falamos sobre pontos fundamentais relacionados ao desenvolvimento humano.

A Heloísa é conferencista, autora de “O Mapa da felicidade”, e “Perdão: a revolução que falta”. Também é especialista em desenvolvimento do potencial humano e diretora do Centro Hoffman, através do qual ministra o Processo Hoffman, cuja próxima turma – e última do ano – será em Petrópolis (RJ) em novembro.

O Processo Hoffman é uma metodologia que reúne conhecimentos de uma série de áreas diferentes para ajudar os participantes a identificarem crenças limitantes e barreiras emocionais. E o que tudo isso tem a ver com o leitor do Dinheirama?

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O passado e nossa relação com o presente

Você sabia que nosso passado, mais especificamente aquele que existiu até os nossos 12 anos, tem tudo a ver com quem somos hoje, inclusive quando se trata de nosso comportamento relacionado a dinheiro?

Sabia ainda, que a forma como ganhamos (ou não) atenção de nossos pais pode influenciar na forma como curamos as nossas carências hoje (em compras talvez)? E que é preciso perdoar o nosso passado e as pessoas que nos criaram para seguir bem melhor?

Separei 10 pontos importantes do papo com a Heloísa para que possamos refletir juntos. Vamos lá?

1- A infância nos influencia

Aqui no Dinheirama sempre falamos sobre a herança financeira que carregamos, sobre as crenças e preconceitos que acumulamos, e não é novidade que tudo que somos hoje foi construído ao longo do tempo, certo?

A Heloísa explica que da concepção até os 12 anos, tudo que aconteceu na infância nos construiu. “Nascemos com 30% do cérebro e o resto só fica pronto por volta dos 12 anos, portanto, tudo que ocorreu tem influência, como o fato de você ter tido irmãos, ser o filho mais velho ou o caçula, ter sido criado por avós, tios, e etc. entre outros exemplos”, diz ela. A boa notícia é que sempre é possível ter conhecimento do que carregamos e “deixar para trás” os pesos que não precisam nos atrapalhar na jornada.

2- Aprendemos por repetição

Nós aprendemos por cópia e repetição. Uma criança nasce pronta para amar e ser amada e, se é amado, vai desenvolver um vínculo de amor com quem a amou. “O amor incondicional é de filhos para pais segundo Bob Hoffman, criador do Processo, porque uma criança está desconectada de preconceitos e amarras e precisa de amor para sobreviver”, explica Heloísa. Ou seja, mais do que nunca vale ressaltar o quanto as nossas ações servem de exemplo para as crianças que nos rodeiam também.

Se você está obtendo um pouco mais de conhecimento sobre a questão, procure colocar em prática as ações que gostaria que fossem repetidas. Não adianta dizer uma coisa e fazer outra, combinado?

3- O amor condicionado estraga, assim como o mimo excessivo

O amor que está condicionado a uma série de coisas é muito comum e faz toda diferença na vida de alguém. “Se você só recebe amor a partir de uma série de condições, quando adulto também começa a fazer isso. É o tal do “Eu te amo se você seguir tudo que eu falo”.

Existe também o amor do mimo, que gera adultos credores, que querem ter tudo na mão sem esforço. Muito cuidado com o tipo de amor que você tem repassado por aí, e avalie se você não pertence a uma destas categorias citadas também. Sempre é tempo de melhorar!

4- As inteligências precisam estar em equilíbrio

Para Bob Hoffman, existem 4 inteligências: a física, a espiritual, emocional, e a intelectual. Nascemos somente com as duas primeiras, sendo que as outras ainda precisam de neurônios para funcionar.

A emocional, por exemplo, cresce até a alfabetização, a partir daí, toda atenção é voltada para a inteligência intelectual. “Uma criança de 6 pode chorar, uma de 10 já não pode, aprende que é melhor guardar as emoções”, explica Heloísa.

O equilíbrio dessas partes é essencial para uma vida plena. Ainda assim, 70% de nossas escolhas são emocionais (usando exatamente aquela inteligência que parou lá no passado), assim como a maior parte dos investimentos. “Não é com a cabeça como as pessoas pensam. É importante a gente se conhecer e saber onde tudo começou, porque está fazendo determinadas coisas”, afirma.

5- Podemos mudar ou melhorar a qualquer minuto

Em teoria, estamos prontos aos 12 anos de idade. Mas que mentira, não é? Provavelmente você, assim como eu, jamais se acharia pronto nesta idade. Mas a questão é que já temos nosso sistema nervoso funcionando, só que apenas entre 7% e 10% de consciência, segundo explica Heloísa.

É por isso que nos autoconhecer é tão importante para a tomada de decisões melhores. “O interessante é que podemos mudar a qualquer momento. A plasticidade cerebral permite mudanças um minuto antes de morrer”, lembra Heloísa.

6- Escolho o que fazer a partir do que sei

Um ponto importante que talvez você já tenha entendido é que ninguém é o que é sem razão.

Tudo que vivemos nos define! Mas uma vez que se tenha entendimento sobre isso, o positivo é que a vida adulta não deve nos formar a não ser que queiramos, que escolhamos. “Ou entro em processo de vingança por conta de tudo que me aconteceu ou escolho transformar, perdoar, seguir em frente em uma melhor versão”.

7- Cuidado com expectativas em cima do outro

Outra questão importante está relacionada a quanto você se sente alvo de expectativas ou joga expectativas nos outros. “Vejo mães dizendo seriamente: “meu filho é tudo para mim”, e  tenho pena da criança, pois se alguém é tudo para o outro, não pode ser nada para si mesmo. Em muitos casos, gera-se rebeldia ou passivos que não fazem nada da vida, pois estão na mão da mãe”.

Cuidado, portanto, com o quanto você decide os caminhos das crianças que estão ao seu redor sem ligar para a vontade delas na vida. E avalie também o quanto você teve liberdade de seguir os próprios caminhos e se não está na hora de fazer isso, ok?

8- Entre 35 e 55 é a idade do questionamento

A Heloísa Capelas explica que entre os 35 e 55 anos vivemos a idade dos maiores questionamentos. “Tem pessoas com 35 que já casaram, tiveram filhos e sucesso profissional. Aí elas se questionam se a vida é só isso. É uma população que já fez o que queria, ou fez e não está dando certo.

Há muitos profissionais frustrados e com a vida familiar destruida, ou mulheres que já não têm mais a função maternidade e não sabem o que fazer.

Qual o começo agora? Além disso, entre 35 e 55 é a fase em que o próprio sistema hormonal faz com que tomemos decisões erradas. Já depois dos 55 olhamos o mundo de cima, sabemos que as coisas passam. Enquanto estamos no meio não conseguimos enxergar”, diz ela.

9- Qual a sua missão individual de vida?

Qual a sua missão? Você tem coragem de fazer certas escolhas para avaliar se está no caminho certo? A Heloísa explica que só dá para saber se fizemos boas escolhas lá na frente. “E se não der certo? Enquanto não fizer jamais vai saber.

Se der errado, volte e peça perdão. As pessoas querem um caminho seguro para seguir, mas isso não existe. O que é seguro? Muitas pessoas, por exemplo, trabalham com os pais em um império construido antes, mas são infelizes.  Tudo tem um preço, muitas vezes é uma gaiola de ouro”, define.

10- Aceite o que está ruim. Seja grato pelo que está bom

Finalmente, dentro destes 10 pontos que separei para o artigo, há um muito importante, sobre a gratidão. Heloísa ressalta que precisamos lembrar que não existe uma dor geral na vida, mas apenas uma parte ruim de cada vez.

É preciso ter inteligência emocional para aceitar e viver o que está ruim, sendo grato pelo restante. “A não-inteligencia o que faz? Se eu perdi um amor, detono minha relação com meus pais, não rendo mais, perco o emprego, tenho insônia, destruo toda minha vida. É preciso ver que se trata de algo circunstancial.

Choro aqui e rio ali, até que aquela parte cicatriza. Tenho que reconhecer que estou triste, mas graças a Deus tenho outras coisas: tenho que respirar, conversar, trabalhar. A vida é isso, isso é inteligência emocional, trata-se de conseguir conhecer e gerenciar minhas emoções. Aí a gente consegue dar conta do que tem que passar e o caos vira aprendizado”, conclui.

*Para saber mais sobre o Processo Hoffman: https://processohoffman.com.br/

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