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O preço dos carros vai despencar em 2024?

Sempre surge a dúvida se os preços dos carros voltarão aos níveis de 20 anos atrás: veja a explicação do influenciador Thiago Nigro

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Automóveis preços
Automóveis preços
(Imagem: ChatGPT/ Dinheirama)

E se eu te falar que estamos em um ponto crucial de mudança nos preços dos carros? Existe uma grande chance de os preços começarem a despencar – e tudo isso tem uma explicação.

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O influenciador do mercado financeiro Thiago Nigro, fundador do Grupo Primo, compartilhou recentemente um vídeo e texto com dicas valiosas sobre este assunto (veja abaixo).

Conhecido como o “Primo Rico”, Nigro comenta sobre as várias notícias apontaram para a queda dos preços dos carros em 2024.

É estranho pensar que os preços dos carros podem cair, especialmente depois de um período de altas contínuas pós-pandemia. Na época, um Fiat Uno chegou a ser vendido por R$ 110 mil. Em maio de 2022, ele explicou em um vídeo os quatro motivos principais para esse aumento:

1 – O preço dos componentes dos carros ficou mais caro (aço, borracha, petróleo, etc.);

2 – Houve uma crise no mercado de semicondutores (a escassez diminuiu a produção de carros);

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3 – O dólar disparou, chegando a quase R$ 6;

4 – O frete marítimo estava caríssimo.

    Concorrência

    Agora, tudo isso está mudando por conta de uma única e poderosa coisa: concorrência. Para entender como a concorrência pode fazer os preços dos carros despencarem, precisamos voltar um pouco no tempo.

    Na década de 70, lembra Nigro, o Brasil parou de importar carros para fortalecer o mercado nacional de produção de veículos. Apenas três montadoras tinham o direito de produzir carros no Brasil: Ford, Chevrolet e Volkswagen. Isso estagnou o setor automotivo por 15 anos. Naquela época, a falta de concorrência significava menos incentivo para melhorar e baratear os carros.

    Em 1990, o Brasil voltou a importar carros. Com a entrada de novos modelos, as montadoras nacionais perceberam que os brasileiros, mesmo em crise econômica, pagariam por carros melhores. Isso resultou na chegada de modelos como o Gol, Corsa, Ford Fiesta e Fiat Palio. A abertura do mercado decretou o fim de algumas fabricantes nacionais, como a Gurgel, mas os preços começaram a cair.

    Logo da BYD em evento de Pequim, China (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)
    Logo da BYD em evento de Pequim, China (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

    Chineses

    Hoje, vemos algo semelhante acontecendo com a entrada de carros chineses. Modelos como o BYD Dolphin, lançado em outubro de 2023, estão forçando uma redução de preços nos concorrentes, como Kwid, Caoa Chery iCar e JAC E-JS1. O Kwid, por exemplo, teve uma redução de R$ 16.500.

    O presidente da BYD afirmou que o Brasil está em um ponto crucial de mudança de preços, semelhante ao ocorrido na década de 90. Isso pode fazer com que as marcas nacionais comecem a perder mercado ou optem por abaixar os preços para competir com a concorrência chinesa.

    A Stellantis, grupo que fabrica carros das marcas Citroën, Fiat, Jeep e Peugeot, anunciou um investimento de R$ 2.5 bilhões em uma nova fábrica no Brasil. Eles não estão fazendo isso por patriotismo, mas porque o custo de produção local é menor, graças a incentivos governamentais e subsídios, como o “programa carro zero”, que reduziu os preços entre junho e julho de 2023.

    Outra razão para a possível queda de preços é a logística, ressalta Nigro. O custo do frete marítimo caiu 74% das máximas e voltou aos valores pré-pandemia, refletindo nos preços dos carros.

    Carros caríssimos?

    Sempre surge a dúvida se os preços dos carros voltarão aos níveis de 20 anos atrás. Comparando com 2000, um Fiat Palio Weekend 1.4 1998 custava R$ 16.500, equivalendo a 110 salários mínimos da época. Hoje, um Fiat Mobi 2023/2024 custa R$ 66.990, ou 48 salários mínimos. Apesar dos altos preços atuais, não podemos dizer que os carros eram mais baratos antigamente.

    Para acompanhar detalhadamente todas as dicas e ver os exemplos práticos apresentados por Thiago Nigro, confira o vídeo completo disponível no canal do Primo Rico no YouTube.

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