Um índice de sentimento desenvolvido pela Itaú, com base no GPT-4, revela que a comunicação recente do Banco Central do Brasil aponta para um aumento da taxa de juros Selic na próxima reunião em 30 e 31 de julho.
Segundo o Itaú, o “iSent” capturou bem a maioria das mudanças nos últimos 18 anos, principalmente os ciclos de alta no final dos anos 2000 e início dos anos 2020.
A elevação da Selic, hoje em 10,5% ao ano, contudo, não é esperada pelo time de economistas do Itaú.
iSent projeta elevação da Selic
“Mais recentemente, o sentimento capturado nos documentos da última reunião é consistente com uma alta de juros na próxima reunião do Copom, embora essa não seja nossa expectativa”, explicam Priscilla Burity, Dávila Patrícia Ferreira Cruz, Marcel Chamarelli Gutierrez e Andrés Perez Morales, que assinam o relatório.
O iSent utiliza frases publicadas em documentos oficiais dos bancos centrais, rotuladas pelos economistas do banco.
Uma classe de sentimento (dovish, neutral, hawkish ou fora de contexto) é atribuída a cada sentença e o índice é construído com base na presença relativa de cada classe dentro do documento.
“Nossa estratégia consistiu em construir um prompt GPT que pudesse fazer uma boa classificação, buscando minimizar a contaminação de dados. Assim, construímos uma persona descrita como um observador de banco central e cenários básicos que devem ser vistos como hawkish (inflação alta, atividade forte, etc.) ou dovish (inflação baixa, atividade fraca, etc.)”, explica o Itaú.