A expansão do sistema elétrico brasileiro deverá demandar investimentos de 49 bilhões de reais em obras para transmissão de energia no horizonte de 2024 a 2028, segundo estimativas do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgadas nesta quinta-feira.
Desse total, 4,9 bilhões de reais são referentes a novas obras, conforme indica o Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo do Sistema Interligado Nacional (SIN).
Já 44,1 bilhões de reais estão previstos para projetos de ciclos anteriores que estão sem outorga, incluindo 21,7 bilhões de reais em linhas de transmissão e novas subestações leiloadas neste mês.
“O documento destaca que a crescente participação de recursos energéticos renováveis de alta variabilidade na matriz elétrica nacional torna a gestão do equilíbrio entre a oferta e a demanda de carga ainda mais complexa”, afirmou o ONS.
Em 2023, as usinas eólicas e fotovoltaicas centralizadas têm 38 GW de capacidade instalada, patamar que deve atingir 54 GW ao final de 2027, segundo dados do operador, que não contemplam a expansão da Micro e Mini Geração Distribuída (MMGD), modalidade que pode atingir cerca de 40 GW de potência instalada até 2027.
“(O plano) também destaca que os investimentos previstos na ampliação do sistema de transmissão vão permitir o pleno escoamento do excedente de geração do Norte/Nordeste para o Sul/Sudeste/Centro-Oeste para o atendimento à carga, a partir de 2029 e 2030, um resultado direto dos leilões de transmissão realizados em junho e dezembro de 2023, além do próximo leilão a ser realizado em 2024”, disse o ONS.
Na análise por Estado, o ONS destacou que cinco Estados concentram cerca de 71% dos futuros investimentos: Maranhão (9,9 bilhões de reais), Goiás (8,5 bilhões), Minas Gerais (7,3 bilhões), Piauí (4,7 bilhões) e Bahia (4,6 bilhões).