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Operação Greenfield: Fundos de pensão pagavam cotas superfaturadas

por Redação Dinheirama
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Operação Greenfield: Fundos de pensão pagavam cotas superfaturadas

Na decisão em que autorizou a deflagração da Operação Greenfield, realizada nesta segunda-feira (5), o juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Vallisney de Souza Oliveira, apontou que a investigação detectou problemas.

Os fundos de pensão dos funcionários das estatais Caixa Econômica, Banco do Brasil, Petrobras e Correios “pagavam pelas cotas do FIP mais do que elas de fato valem, sofrendo, assim, um prejuízo ‘de partida’, independente do próprio sucesso que venha a empresa a ter no futuro”.

Os FIPs são Fundos de Investimentos em Participações lançados por empresas no mercado de capitais. Isso é feito para captar recursos com a venda das cotas e, assim, bancar investimentos empresariais, como ampliação de atividades.

O juiz afirmou, na decisão, que as aquisições das cotas de pelo menos oito dos FIPs sob investigação “foram precedidas de avaliações econômico-financeiras (‘valuations’) irreais e tecnicamente irregulares, tendo como objetivo real superestimar o valor dos ativos da empresa, aumentando, de forma artificial, a quantia total que o próprio fundo de pensão precisa pagar para adquirir a participação acionária indireta na empresa”.

O magistrado comparou a situação “aos conhecidos ‘superfaturamentos’ de obras públicas, no qual o valor de uma obra é superestimado a fim de justificar um pagamento a maior por parte do poder público ou dos fundos de pensão”.

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Segundo o Ministério Público Federal, em documento referido pelo juiz, “foram verificadas irregularidades/ilicitudes em pelo menos oito casos de investimentos dos fundos de pensão em FIPs”:

  • Cevix (participações da Funcef e da empreiteira Engevix),
  • Multiner (fundos e administração da corretora Planer),
  • Sondas (fundos e Sete Brasil),
  • OAS Empreendimentos (Funcef e empreiteira homônima),
  • Enseada (Petros, Funcef, uma agência de fomento do Amazonas e uma credora da Gradiente),
  • RG Estaleiros (Funcef e Engevix),
  • Florestal (Funcef, Petros e a Eldorado, controlada pela J&F, do grupo JBS) e
  • Global Equity (Funcef, Petros, Previ e a Global Equity Administradora de Recursos).

Para G-20 crescimento global segue aquém do esperado

As 20 maiores economias do mundo repetiram a avaliação de que a economia global cresce, mas em ritmo mais fraco do que o desejado.

Comunicado final da reunião realizada na China repete os riscos já mencionados pelo presidente chinês, Xi Jinping, como volatilidade financeira, flutuação do preço das commodities e fraqueza no comércio exterior.

O grupo repetiu a avaliação de que a política monetária não pode fazer todo o trabalho para a retomada do crescimento equilibrado.

“O crescimento continua mais fraco que o desejado. Riscos permanecem diante do potencial de volatilidade dos mercados financeiros, flutuações do preço das commodities, fraqueza no comércio e investimento, e lenta produtividade e crescimento do emprego em alguns países”, cita o comunicado divulgado pela União Europeia.

Além dos riscos globais, o G-20 reconhece que há desafios “nos desenvolvimentos geopolíticos, aumento do fluxo de refugiados assim como terrorismo e conflitos que também complicam a perspectiva econômica global”.

Diante dessa avaliação, o grupo das 20 maiores economias do mundo diz que “a política monetária não pode liderar sozinha o crescimento equilibrado” da economia. Por isso, o grupo reforça a importância das reformas estruturais e insta líderes a executar ajustes para reduzir os desequilíbrios.

Bancários entram em greve nacional

Os bancários iniciam greve nacional a partir desta terça-feira (6). A categoria reivindica reajuste salarial de 5% além de reposição da inflação no período (9,57%). Os bancos oferecem reajuste de 6,5% sobre o salário e benefícios —como vale-alimentação e auxílio-creche—, além de abono no valor de R$ 3.000.

De acordo com a Contraf (confederação que representa trabalhadores do ramo financeiro), a paralisação foi aprovada em assembleias de cerca de 140 sindicatos e federações pelo país realizadas na última semana.

A última greve nacional dos bancários aconteceu em outubro de 2015 e durou 21 dias. A categoria conseguiu um reajuste de 10%, com aumento real de 0,11%.

Os serviços bancários continuam funcionando normalmente para quem utiliza os canais de home banking e seus respectivos aplicativos.

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Mercado financeiro

O Banco Central divulgou a ata da última reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária) onde fica evidente o tom linha dura da instituição em relação ao combate da inflação.

O Ibovespa, principal benchmark da Bolsa de Valores de São Paulo, operava às 11h19 em baixa de -0,53% com 59.250 pontos. O dólar caía -1,02% sendo negociado por R$ 3,25.

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