O ouro fechou em alta nesta terça-feira, 24, e renovou recordes pela quarta sessão consecutiva, catalisado pelas perspectivas de demanda, após o pacote de medidas da China e ante expectativa de mais cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) ainda este ano.
Nesta terça, o ouro para dezembro fechou em alta de 0,92%, a US$ 2.677,00 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), renovando recorde de fechamento. Durante a sessão, o metal precioso chegou a ser negociado a US$ 2.680,30 por onça-troy, novo maior nível histórico.
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O anúncio de um pacote de medidas com estímulos para a economia chinesa, feito pelo Banco do Povo da China (PBoC), cooperou para um aumento nos preços dos commodities, especialmente as metálicas. Ainda, durante a manhã, foi divulgado que a confiança do consumidor dos Estados Unidos recuou abaixo das expectativas de analistas, fazendo com que investidores recorressem aos ativos de segurança.
Segundo o Commerzbank, o metal dourado está registrando seu melhor ano desde 2010 e ganhou quase 24% no acumulado do ano. Beneficiado por ser um ativo seguro, o ouro costuma ser a escolha dos investidores em tempos de queda nas taxas de juros. O mais recente catalisador, por exemplo, foi o corte do BC norte-americano na semana passada.
O banco alemão sugere que o rali do ouro continua porque o mercado vê a probabilidade de um corte de 50 pontos-base para novembro ou dezembro. “As projeções atuais do Fed sugerem ‘apenas’ cortes nas taxas de juros de 50 pontos-base este ano e 100 pontos-base até o final de 2025”, explica.
Por conta do cenário, o Commerzbank aumentou a estimativa de preço do metal precioso para o final do ano, de US$ 2.500 por onça-troy para US$ 2.600 por onça-troy.
O Swissquote Bank ainda analisa que os preços do ouro aumentaram por conta da crescente demanda pela segurança devido às preocupações geopolíticas no Oriente Médio.