A assessoria do Ministério da Fazenda informou nesta segunda, 4, que o quadro fiscal do País e as propostas em discussão pela equipe econômica foram apresentadas e compreendidas na reunião desta segunda-feira, 4, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros.
Conforme a nota divulgada à imprensa, outros ministérios serão convocados amanhã, 5, pela Casa Civil para participar do debate, sem detalhar quais.
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“O Ministério da Fazenda informa que na reunião desta segunda-feira (4), o quadro fiscal do País foi apresentado e compreendido, assim como as propostas em discussão. Nesta terça (5), outros ministérios serão chamados pela Casa Civil para que também possam opinar e contribuir no âmbito das mesmas informações”, diz a Fazenda em nota.
A reunião de hoje, convocada em meio à expectativa do anúncio do pacote de contenção de gastos, terminou sem declaração à imprensa.
O encontro começou às 15h30 e terminou por volta das 18h45. Participaram, além de Lula, os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento), Esther Dweck (Gestão), Nísia Trindade (Saúde), Luiz Marinho (Trabalho) e Camilo Santana (Educação). Também estiveram no encontro o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan; o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello; e a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.
Viagem cancelada
A recente decisão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de cancelar sua viagem à Europa destaca a urgência e gravidade da situação fiscal no Brasil, além de refletir a pressão que o governo enfrenta para lidar com os desafios econômicos e a disparada do dólar (USDBRL), que encostrou em R$ 5,90. Economistas veem uma “crise de confiança” similar à vista antes do impeachment de Dilma Rousseff.
O cancelamento, solicitado pelo presidente Lula, ocorre em um momento em que o mercado aguarda ansiosamente as medidas de ajuste fiscal prometidas após as eleições municipais. Uma reunião foi marcada entre Haddad, Lula e outros ministros, para hoje às 9h.
A decisão de Haddad foi interpretada por analistas de mercado como um sinal positivo, indicando que o governo reconhece a necessidade urgente de medidas para conter o descontrole fiscal.
(Com Estadão Conteúdo)