O GPA (PCAR3) anunciou a venda de seus 71 postos de combustíveis por cerca de 200 milhões de reais, na última etapa do plano de vendas de ativos não essenciais iniciado em 2023 para reduzir o endividamento do varejista de alimentos.
Em fato relevante na noite de quarta-feira, o grupo afirmou que os 49 postos no Estado de São Paulo foram vendidos para a Ultrapar, enquanto os demais 22 postos localizadas em oito Estados tiveram outros compradores.
De acordo com o GPA, do total da transação, 138 milhões de reais serão pagos até o final de 2024, mediante a conclusão de certas condições precedentes, incluindo aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Parcelas remanescentes representando 62 milhões de reais serão pagas mediante a conclusão de outras condições precedentes que objetivam a transferência definitiva dos postos para os compradores de cada região.
A venda dos postos segue outras ações do GPA para melhorar sua estrutura de capital, como a venda de sua participação no colombiano Éxito e da sua sede administrativa, além de follow-on que culminou uma nova estrutura societária e encaminhamento definitivo de questões como o tema de contingências.
No primeiro trimestre, a dívida líquida do GPA, incluindo o saldo de recebíveis não antecipados, somou 1,606 bilhão de reais, de 3,013 bilhões um ano antes. A alavancagem financeira medida pela dívida líquida dividida pelo Ebitda ajustado do GPA Brasil pré-IFRS 16, que inclui as despesas de aluguéis, passou de 9,8 para 3,0 vezes.
Em comunicado ao mercado separado, a Ultrapar afirmou que pagou 130 milhões de reais pelos postos do GPA, em contrato assinado pela subsidiária Centro de Conveniências Millennium.
“A transação, sujeita à aprovação do Cade e ao cumprimento das demais condições precedentes, visa à manutenção destes postos na rede de cerca de 6 mil postos de serviços Ipiranga distribuídos pelo Brasil”, afirmou o conglomerado.