A Paranapanema (PMAM3) realizou uma proposta de aditamento ao Plano de Recuperação Judicial, mostra um comunicado enviado ao mercado nesta sexta-feira (23).
O pedido foi protocolado perante o juízo da 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 1º RAJ da cidade de São Paulo.
Paranapanema: Tragédia anunciada desde o dia do pedido da RJ
A empresa é a maior produtora brasileira não-integrada de cobre refinado, vergalhões, fios trefilados, laminados, barras, tubos, conexões e suas ligas.
“A companhia consigna que a proposta de aditamento ao Plano de Recuperação Judicial será sujeita à deliberação da Assembleia Geral de Credores, nos termos da legislação aplicável”, mostra a nota assinada por Marcelo Milliet, diretor presidente e de relações com investidores.
Linha de laminados
No final de julho, a empresa retomou a atividade produtiva na sua linha de laminados na unidade fabril de Dias D’Ávila.
Segundo o comunicado, esta é a primeira fase do refino de cobre, a partir da transformação da sucata de cobre em ânodo de cobre.
“O retorno da operação de transformação de concentrado de cobre ainda depende da realização de manutenção em equipamentos do forno principal (smelter)”, explica a empresa.
RJ da Paranapanema
A Paranapanema entrou com um pedido de recuperação judicial em agosto de 2023, com o objetivo de reorganizar suas finanças e evitar a falência. A empresa enfrenta uma dívida de aproximadamente R$ 3,4 bilhões, acumulada devido a desafios como a volatilidade dos preços do cobre, altos custos operacionais e dificuldades no mercado.
Entre os principais credores estão bancos como Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil, além de fornecedores e outras instituições financeiras. A Paranapanema vinha tentando renegociar suas dívidas desde 2022, mas a deterioração das condições financeiras levou à necessidade de proteção judicial.