A Paranapanema (PMAM3) apresentou resultados mistos no terceiro trimestre de 2024, refletindo um cenário de recuperação, mas com desafios operacionais e financeiros ainda significativos, mostra um comunicado enviado ao mercado nesta sexta-feira (8). A empresa, maior produtora brasileira não integrada de cobre refinado, está em processo de recuperação judicial, o que impacta diretamente sua operação e estratégia de crescimento.
Finclass com 50% de desconto! Realize seu cadastro gratuito para ter acesso VIP à Black Friday
No período, a receita líquida da companhia foi de R$ 133,5 milhões, uma queda de 31% em relação ao mesmo período do ano passado, devido a restrições de caixa e à suspensão parcial das atividades na unidade de Caraíba. Apesar da queda na receita, houve melhora no lucro bruto ajustado, que foi de R$ 29,1 milhões, contrastando com o prejuízo bruto de R$ 32 milhões registrado no terceiro trimestre de 2023.
Esse resultado positivo foi impulsionado pelo aumento nas vendas da unidade Eluma e pela retomada parcial da unidade de Caraíba, além de melhorias na eficiência operacional.
O Ebitda ajustado também apresentou melhora, encerrando o trimestre em R$ 22,6 milhões negativos, uma recuperação de 79% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Esse desempenho reflete tanto o aumento de vendas quanto as iniciativas de redução de custos, incluindo o processo de layoff e renegociações contratuais que reduziram os custos fixos em aproximadamente 20%. Entretanto, a empresa ainda enfrenta desafios na unidade de Caraíba, onde parte das operações permanece inativa, impactando diretamente sua capacidade de geração de receita.
Em termos de fluxo de caixa operacional, a Paranapanema registrou um saldo positivo de R$ 95 milhões, resultado da maior eficiência nos custos e da conversão de dívidas em ações por credores no âmbito do processo de recuperação judicial. Esse fluxo de caixa positivo é um sinal de resiliência em meio aos desafios financeiros, permitindo à companhia continuar suas operações e buscar novos aportes para o capital de giro.
Veja todas as carteiras recomendadas para novembro
A dívida total da empresa permanece elevada, totalizando R$ 4,6 bilhões, com 92% do montante classificado como de curto prazo, o que destaca a urgência da empresa em renegociar termos mais favoráveis com seus credores. A reclassificação das dívidas para o curto prazo ocorreu devido ao não pagamento de uma parcela importante no quarto trimestre de 2022, resultando na necessidade de reestruturar o perfil da dívida para garantir a sustentabilidade financeira.
A maior parte do endividamento é representada por empréstimos e financiamentos, com 53% da dívida denominada em moeda estrangeira.