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Pesquisa do BCE mostra aumento das expectativas de inflação

Os mercados veem apenas 25% de chance de um aumento em 14 de setembro, mas ainda esperam que um aumento de 25 pontos-base, para 4%, ocorra antes do final do ano, seguido de cortes nas taxas a partir de meados de 2024.

por Reuters
3 min leitura
BCE

As expectativas dos consumidores em relação à inflação da zona do euro nos próximos anos aumentaram, segundo uma nova pesquisa do Banco Central Europeu divulgada nesta terça-feira, provavelmente aumentando as preocupações de que o declínio no crescimento dos preços possa permanecer acima da meta do banco.

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O BCE elevou os juros em cada uma das últimas nove reuniões para um pico de mais de duas décadas, mas as autoridades estão agora discutindo se dão uma pausa neste mês dada a rápida deterioração do cenário para o crescimento, que já levanta temores de recessão.

Possivelmente reforçando o argumento a favor de um aumento, a Pesquisa de Expectativas do Consumidor do próprio BCE mostrou que as expectativas de inflação para três anos à frente aumentaram para 2,4% em julho, de 2,3% em junho, acima da meta de 2% do BCE.

Enquanto isso, a mediana das expectativas de inflação para os próximos 12 meses permaneceu em 3,4%, quebrando uma tendência de declínio constante desde a primavera (no hemisfério norte).

O BCE previu uma rápida queda no aumento dos preços este ano, mas uma desinflação muito mais lenta em 2024, com algumas autoridades até mesmo alertando que a “última etapa” da desinflação poderá ser tão longa que o crescimento dos preços poderá ser retomado e ficar longe da meta.

De fato, as expectativas baseadas no mercado apontam a inflação de longo prazo em torno de 2,6%, indicando que os investidores não têm confiança na disposição do BCE de pressionar a economia o suficiente para reduzir as pressões sobre os preços.

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Ainda assim, os consumidores continuam a ver uma contração econômica à frente e as expectativas de crescimento para os próximos 12 meses foram rebaixadas de -0,6% para -0,7%, informou o BCE.

Entretanto, as expectativas de desemprego permaneceram inalteradas, mesmo que os consumidores tenham visto um crescimento ligeiramente mais lento da renda nominal.

“A queda na expectativa de crescimento da renda nominal foi impulsionada principalmente pelos entrevistados da faixa de renda mais baixa”, acrescentou o BCE.

Os mercados veem apenas 25% de chance de um aumento em 14 de setembro, mas ainda esperam que um aumento de 25 pontos-base, para 4%, ocorra antes do final do ano, seguido de cortes nas taxas a partir de meados de 2024.

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