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Peter Lynch: estratégia do investimento em crescimento

por Carlos A. H. Brum
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Peter Lynch: estratégia do investimento em crescimentoPodemos dizer que, de uma maneira geral, todas as estratégias de investimento têm potencial para serem vitoriosas desde que bem desenvolvidas. Tão bem sucedido quanto Warren Buffett[bb], considerado o ícone dos investidores em valor, temos Peter Lynch para ilustrar o potencial da estratégia do investimento em crescimento.

Peter Lynch desenvolveu algumas máximas que, em sua opinião, ajudam a identificar boas oportunidades – sempre baseadas na estratégia de se investir em crescimento. Os investidores em crescimento são aqueles que compram empresas cujo potencial de crescimento está sendo sub-avaliado pelo mercado. Tal prática também é conhecida como investimento[bb] em valor – com muitos livros publicados pelo professor Aswath Damodaran, da Universidade de Nova York.

Neste contexto, o objetivo da análise seria o de identificar as empresas de segunda e terceira linha com boas perspectivas de crescimento, resultados sólidos e boa administração. Vários estudos têm demonstrado de forma consistente que as empresas pequenas geram retornos maiores do que as grandes empresas de risco equivalente. Entretanto, isso usualmente ocorre por um período menor de tempo.

Os estudos demonstram ainda que as ações de empresas de menor porte recorrentemente apresentam ciclos de valorização menores, porém mais fortes do que as das grandes empresas. Que tal conhecer as máximas de Lynch?

  1. Preste atenção a fatos e não às projeções;
  2. Antes de investir em uma empresa, analise o seu balanço anual para ver se ela é financeiramente saudável;
  3. Quando vários detentores de informações privilegiadas estão comprando ações de uma empresa ao mesmo tempo, isso é um bom sinal;
  4. Um investidor médio pode monitorar de cinco a dez empresas de cada vez, mas isto não quer dizer que vá comprar qualquer uma delas;
  5. Seja paciente. Algumas ações demoram de três a quatro anos, após a termos comprado, para apresentar bons resultados. Outras podem levar até 10 anos;
  6. Entre cedo, mas nem tanto. Comprar muito cedo significa assumir muitos riscos. Mas não vacile para não entrar tarde demais;
  7. Não compre ações baratas apenas porque são baratas. Compre-as porque seus fundamentos estão melhorando;
  8. Compre pequenas empresas depois que tiverem tido a oportunidade de mostrar que podem ser rentáveis;
  9. Os tiros no escuro frequentemente saem pela culatra ou “não saem”;
  10. Investigue 10 empresas e é provável que encontre uma com perspectivas brilhantes não refletidas em seu preço.

Cuidados necessários
Estudos realizados com diversos portfólios de ações concluíram que ações de companhias de segunda e terceira linha têm uma tendência de estar relativamente supervalorizados quando o mercado[bb] está em alta. Em fases de baixa, a situação se inverte e essas ações sofrem declínios maiores que os vistos em papéis de primeira linha. Pior, o tempo de recuperação também é maior.

Dessa forma, é importante que o investidor estabeleça critérios mais rigorosos em suas filtragens, especialmente quando procurar identificar oportunidades entre ações de segunda e terceira linha.

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Carlos A. H. Brum é economista, analista de investimentos, conselheiro e ex-presidente da Apimec-Sul. Autor dos livros “Investindo em Ações com Estratégia e Disciplina” e “Aprenda a Investir em Ações e a Operar na Bolsa Via Internet”, entre outros.

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