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Petrobras arrisca dividendos com reestatização da RLAM

Segundo o Goldman Sachs, a compra poderia limitar a extensão dos dividendos extraordinários no curto prazo

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Acelem Mataripe Petrobras

A Petrobras (PETR3; PETR4) está perto de concluir uma proposta para readquirir a refinaria Mataripe (antiga Landulpho Alves -RLAM) da Acelem, do fundo Mubadala, vendida em 2021 por US$ 1,7 bilhão, informou uma notícia do Estadão.

De acordo com o texto, as negociações da Petrobras com a Acelen sobre uma potencial reaquisição da refinaria RLAM estão avançando e o cenário provável é que a estatal adquira 100% do complexo de refino.

As notícias de hoje seguem o anúncio da Petrobras do final de 2023, no qual afirmou que avaliaria uma potencial aquisição de uma participação na RLAM.

Conforme a notícia, a diligência está supostamente concluída e, na melhor das hipóteses, a Petrobras seria capaz de fazer uma oferta vinculativa até setembro, enquanto o fechamento poderia ocorrer até 2025. Isso ainda exigiria a aprovação do conselho de administração.

Segundo os analistas Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Costa Martins, do Goldman Sachs, o valor da transação também levaria em consideração as melhorias que a Acelen realizou na refinaria desde que a adquiriu há alguns anos, implicando assim que o investimento exigido poderia estar acima do valor original da transação.

Jean Paul Prates Mubadala
Ex-CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, em encontro com executivos da Mubadala (Imagem: X/ Jean Paul Prates)

Interferência na Petrobras

Os analistas observam que “durante a última teleconferência de resultados da Petrobras, a administração anterior observou que esperava concluir os estudos relativos a um potencial retorno à RLAM até o final do 1º semestre de 2024.”

Como tal, na opinião deles, “isto não deve ser considerado uma ‘nova notícia’ para os investidores. Por outro lado, com base nas nossas recentes conversas com investidores, isto poderia reavivar preocupações relativamente a uma potencial intervenção governamental renovada na empresa, uma vez que o atual governo federal criticou as vendas anteriores de ativos.”

Por fim, eles observam que “embora o atual plano estratégico da Petrobras incorpore investimentos adicionais de até US$ 11 bilhões para potenciais fusões e aquisições (e outros investimentos) no ciclo 2024-28 (capex em avaliação), isso poderia limitar a extensão dos dividendos extraordinários no curto prazo.”

A recomendação do Goldman é de compra das ações, com preços-alvo de R$ 46,10 e R$ 41,90 para as ordinárias e preferenciais, respectivamente.

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