A Petrobras (PETR3; PETR4) aprovou nesta segunda-feira (23) a revisão da “política de indicação de membros da alta administração e do conselho fiscal” e a criação de uma reserva de remuneração de capital.
A notícia foi mal recebida pelo mercado e as ações lideram as quedas de hoje no Ibovespa (IBOV).
“Acreditamos que o comunicado de hoje constitua o principal motivo para o desempenho ruim dos ativos da petrolífera no pregão de hoje. Ademais, ilustra o porquê mantemos maior moderação e neutralidade com o papel a despeito de seu bom histórico recente”, avalia a Ativa Investimentos em um relatório enviado a clientes.
Entenda os dois pontos que explicam a “marcha à ré” na governança corporativa da estatal, segundo a Ativa:
• Dividendos em risco — “A criação da nova reserva acaba adicionando flexibilidade a um evento que considerávamos positivo para e tese, o pagamento de dividendos extraordinários, que acreditávamos que poderia alcançar até R$ 19,7 bi (ou$1,51/ação) em 2023 e R$ 35,6 bi (R$ 2,73/ação) em 2024. Com a criação da nova ferramenta financeira, o montante efetivamente distribuído poderá ser sensivelmente inferior ou até mesmo extinto a depender do seu tamanho”.
• Nomeações políticas — “A alteração dos requisitos necessários para o apontamento de pessoas-chave para a companhia caminha em direção à possibilidade de vermos aumentarem os questionamentos à sua governança, que, pelo histórico, deveria sempre caminhar na vanguarda dos termos que envolvessem a transparência de processos”.