O BTG Pactual aponta que o orçamento de 2025 do governo brasileiro prevê R$ 14,6 bilhões em dividendos da Petrobras (PETR3; PETR4), um valor 7% acima das estimativas dos analistas Pedro Soares, Henrique Pérez e Thiago Duarte.
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A inclusão desses dividendos no orçamento federal é vista como um evento que reduz riscos percebidos pelos investidores, especialmente em um cenário recente de incertezas.
Embora o valor previsto não seja substancialmente maior do que o estimado, a mensagem enviada pelo governo reforça a estabilidade e racionalidade na gestão financeira da Petrobras, o que é um ponto positivo para o mercado.
Além dos dividendos ordinários, o relatório divulgado na noite de segunda-feira (2) sugere a possibilidade de dividendos extraordinários, considerando que em anos anteriores a Petrobras superou as expectativas do governo em termos de distribuição de lucros.
Distribuição adicional de dividendos
A projeção do BTG Pactual para o balanço de caixa da Petrobras ao final de 2025 é de US$ 10 bilhões, o que poderia permitir uma distribuição adicional de dividendos, especialmente se os investimentos em capital (capex) forem revisados para baixo.
“Vemos um potencial sólido para que nossas estimativas de investimentos em capital sejam revisadas para baixo, o que, juntamente com uma potencial disposição para reduzir o saldo de caixa para cerca de US$ 8 bilhões, poderia justificar ainda mais pagamentos que excedem os 10% descritos anteriormente”, explicam Soares, Pérez e Duarte.
Apesar do ruído em torno de potenciais fusões e aquisições e mudanças na gestão da Petrobras, o BTG mantém sua confiança na governança corporativa da estatal.
Segundo o relatório, desde a última elevação na recomendação para as ações da Petrobras há um ano, os eventos concretos continuam a indicar que a governança tem sido eficaz em evitar mudanças abruptas na alocação de capital da empresa.