A Petrobras (PETR3; PETR4) afirmou que o navio-plataforma Marechal Duque de Caxias deixou neste sábado Yantai, na China, rumo ao campo de Mero, onde a unidade deve começar a operar a partir de setembro de 2024.
A Petrobras, que é operadora do campo no pré-sal da Bacia de Santos, destacou que plataforma terá capacidade de produzir até 180 mil barris de óleo ao dia e de comprimir até 12 milhões de metros cúbicos de gás/dia.
Mero é o terceiro maior campo do Brasil em volume de óleo in place (o que pode ser recuperado no reservatório), atrás apenas de Tupi e Búzios, também localizados no pré-sal da Bacia de Santos.
“Estamos dando sequência ao projeto de Mero, principalmente para garantir a segurança energética do país, já que o potencial desse campo é muito grande e faz dele um dos ativos principais da Petrobras…”, disse o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos José Travassos, em nota.
Além do FPSO Duque de Caxias, a Petrobras colocará em operação outra unidade em Mero, em 2025.
O navio-plataforma Duque de Caxias, afretado pela Petrobras junto à MISC, fará parte do terceiro sistema de produção definitivo de Mero e aumentará a capacidade instalada de produção do campo para 590 mil barris diários de petróleo.
Esse sistema de produção prevê a interligação de 15 poços à unidade, oito produtores de óleo e sete injetores de água e gás.
A plataforma também será interligada ao equipamento HISEP, que fará a separação do óleo e do gás no fundo do oceano, de onde fará a reinjeção do gás “rico em CO2”, de forma pioneira.
O HISEP, tecnologia patenteada pela Petrobras, tem o potencial de aumentar a produção e “desafogar” a planta de processamento de gás da superfície, ao mesmo tempo em que reduz a intensidade das emissões de gases de efeito estufa.
“Nosso foco é produzir com responsabilidade e, nesse sentido, adotamos tecnologias para aumentar a eficiência na produção…”, declarou o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes.
As operações do campo unitizado de Mero são conduzidas pelo consórcio operado pela Petrobras (38,6%), em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNOOC (9,65%), CNPC (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) (3,5%), como representante da União na área não contratada.