A Petrobras (PETR3 PETR4) informou nesta sexta-feira que iniciou a contratação para retomada do Trem 2 da refinaria Rnest, em Pernambuco, cujas obras foram interrompidas em 2015 em meio a um escândalo de corrupção investigado pela Lava Jato.
Quando começar a operar, em 2027, a segunda unidade da refinaria deverá ajudar o país a reduzir sua dependência de importação de diesel. O Trem 1 da refinaria está em operação desde dezembro de 2014.
Para a aprovação da retomada, o projeto previsto no plano de investimento da empresa 2023-2027 “passou por um rigoroso processo que avaliou sua viabilidade técnica e econômica, seguindo rígidos padrões de governança de projetos, associados às melhores práticas internacionais”, disse a Petrobras.
“Quando concluída a obra da Rnest, o Brasil terá um incremento na produção de diesel de baixo teor de enxofre (diesel S10) em mais de 100 mil barris por dia (cerca de 16 milhões de litros por dia), reduzindo a demanda por importação”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em nota.
Ele lembrou que, considerando todos os projetos previstos de adequação e o aprimoramento do parque industrial e da cadeia de abastecimento e logística nos próximos anos, a companhia terá aumento de produção de diesel da ordem de 40%.
Com a operação do novo trem da Rnest, a Petrobras também contribuirá para expandir a capacidade de refino nacional, viabilizando o aumento da produção de derivados: gasolina, GLP, nafta, mas principalmente diesel de baixo teor de enxofre (diesel S10).
O Trem 2 da Rnest adicionará cerca de 13 milhões de litros de diesel S10 por dia à capacidade de produção nacional, e a refinaria terá capacidade para processar 260 mil barris de petróleo por dia.
Além da contribuição para a produção nacional, é estimada a geração de cerca de 30 mil empregos diretos e indiretos para fazer frente a estas obras.
