A Petrobras (PETR3; PETR4) apresentou seu novo plano estratégico para o período 2025-2029, que combina metas audaciosas com uma abordagem focada em flexibilidade financeira, dividendos atraentes e transição energética. As análises de instituições como Santander, XP, BTG Pactual e Ativa Investimentos destacam aspectos relevantes desse planejamento, que deve moldar o futuro da maior empresa de energia do Brasil.
As ações da estatal sobem aproximadamente 2% em reação ao anúncio.
O plano prevê um aumento de 8,8% nos investimentos em relação ao período anterior, totalizando US$ 111 bilhões. Desses, US$ 98 bilhões já estão em implantação.
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A maioria será destinada à exploração e produção (E&P), com foco em águas profundas e aumento da recuperação de campos maduros. O pré-sal segue como protagonista, representando uma proporção crescente na produção total de petróleo, que deve alcançar 2,8 milhões de barris diários em 2027.
A Ativa Investimentos ressalta que, apesar do aumento no teto de endividamento para US$ 75 bilhões, a Petrobras reduziu o caixa mínimo de US$ 8 bilhões para US$ 6 bilhões, garantindo maior flexibilidade para lidar com projetos estratégicos e distribuir dividendos.
Transição energética
A transição energética é uma prioridade crescente para a Petrobras, que alocará US$ 16,3 bilhões em iniciativas de baixo carbono, um aumento significativo em relação aos US$ 11,5 bilhões do plano anterior. Entre os projetos destacados estão energias renováveis, como eólicas onshore e solares fotovoltaicas, além de pesquisa e desenvolvimento em biocombustíveis e tecnologias de mitigação de emissões.
Dividendos
Um ponto central do plano é a manutenção de dividendos elevados. A Petrobras anunciou R$ 20 bilhões em dividendos extraordinários ainda em 2024, equivalente a R$ 1,55 por ação, garantindo um yield de aproximadamente 4,1%. Apesar de ligeiramente abaixo do esperado, a medida foi bem recebida, consolidando a atratividade da empresa para investidores.
O Santander aponta que a maior geração de caixa operacional e a flexibilidade na estrutura de capital devem sustentar distribuições consistentes de dividendos nos próximos anos.
Desafios
Embora o plano tenha sido amplamente elogiado, analistas destacam desafios. A XP Investimentos alerta que o aumento dos investimentos e a dependência de projetos de alto retorno, como o pré-sal, exigem execução impecável. Já o BTG Pactual enfatiza a necessidade de manter o controle sobre os custos e a alavancagem, especialmente em um cenário de volatilidade dos preços do petróleo.
Ainda assim, o consenso entre os analistas é de que a Petrobras está bem posicionada para equilibrar crescimento, retorno aos acionistas e adaptação às mudanças do mercado energético global.
Veja os detalhes do plano da Petrobras