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Petrobras recua forte em meio apreensão sobre dividendos; PN cai mais de 5%

As ações da companhia têm renovado máximas históricas, em boa parte apoiadas nas expectativas sobre a remuneração aos acionistas

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Paulo Whitaker)

As ações da Petrobras (PETR4) recuavam fortemente nesta quarta-feira, com as preferenciais da estatal chegando a perder 3,8% no pior momento, em meio a declarações do presidente-executivo sinalizando uma postura mais conservadora em relação à remuneração aos acionistas da petroleira.

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Jean Paul Prates, disse em entrevista à Bloomberg que a Petrobras será mais cautelosa no pagamento de dividendos extraordinários à medida que se move para se tornar uma potência de energia renovável.

Às 15:15, os papéis preferenciais da companhia caíam 5,11%, a 40,45reais, enquanto as ações ordinárias cediam 4,75%, a 41,88 reais, entre os piores desempenhos do Ibovespa, que recuava 1,18%.

Na mínima, as PNs chegaram a 40,38 reais e as ONs a 41,79 reais.

As ações da companhia têm renovado máximas históricas, em boa parte apoiadas nas expectativas sobre a remuneração aos acionistas.

Desempenho da Petrobras em 12 meses

De acordo com Tiago Cunha, gestor de renda variável da Ace Capital, as expectativas do mercado quanto ao pagamento de dividendos estavam mais próximas de um valor máximo ao potencial a ser distribuído.

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“A fala do presidente, nesse sentido, coloca uma dúvida sobre qual será o percentual pago. Dependendo do percentual, a Petrobras terá um ‘dividend yield’ próximo das outras grandes empresas de petróleo no mundo, o que não justificaria uma preferência pela empresa brasileira”, acrescentou.

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A Petrobras divulga seu resultado do último trimestre e do ano de 2023 no dia 7 de março, quando deve também anunciar sua decisão sobre a remuneração aos acionistas.

Em relatório recente, analistas do Goldman Sachs afirmaram enxergar espaço para a empresa entregar um dividend yield de cerca de 11% em 2024 e de 8% em 2025, apenas aplicando a política da companhia de pagar 45% do seu fluxo de caixa livre menos o capex, sob a curva futura de preços do petróleo Brent.

Do ponto de vista de fluxo de caixa livre yield (FCFy), no entanto, eles veem a Petrobras entregando cerca de 17% e 11% em 2024 e 2025, o que implica que a empresa poderia impulsionar a sua política de dividendos através de um dividendo extraordinário totalmente financiado pelo fluxo de caixa livre.

“Vemos espaço para a Petrobras anunciar até um máximo de cerca de 10% de dividend yield junto com os lucros do quarto trimestre (cerca de 3% de política mais 7% extraordinários) e, portanto, uma vez que tal dividendo fique ex-data, o FCFy pós-dividendo pode subir para cerca de 19% e 12% para 2024 e 2025.”

No mesmo relatório, eles avaliaram que a Petrobras tem capacidade de pagar até 8 bilhões de dólares em dividendos com a divulgação dos resultados do quarto trimestre, incluindo 3,5 bilhões de dólares referentes ao terceiro trimestre e cerca de 3,6 bilhões de dólares estimados para o quarto trimestre.

“Está chegando a hora da verdade sobre os dividendos”, afirmou o gestor de uma empresa de previdência complementar.

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