Os resultados do terceiro trimestre de 2024 da Petrobras (PETR3; PETR4) demonstraram solidez, superando algumas expectativas de mercado, especialmente em relação ao fluxo de caixa livre (FCL). A estatal reportou um Ebitda ajustado de R$ 64 bilhões (US$ 11,6 bilhões), em linha com as previsões.
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Segundo análise do BTG Pactual, o desempenho não foi uma surpresa, já que o mercado já havia antecipado fatores como preços de petróleo mais baixos e margens de refino mais fracas. No entanto, o destaque foi o FCL, que atingiu R$ 38 bilhões (US$ 6,9 bilhões), superando as estimativas entre US$ 4,9 e US$ 5,6 bilhões.
Os analistas do Santander, Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, destacaram que o fluxo de caixa livre acima do esperado foi impulsionado por menores impactos de eventos extraordinários e impostos mais baixos, apesar do aumento no capex para US$ 4,5 bilhões. A situação do balanço patrimonial permaneceu sólida, com dívida bruta de aproximadamente US$ 59 bilhões e uma posição de caixa de US$ 14,9 bilhões, o que possibilita a realização de mais pagamentos de dividendos até o final do ano.
Dividendos
A companhia aprovou dividendos de cerca de US$ 3 bilhões, o que representa um dividend yield de aproximadamente 3,5%. O Santander também prevê que dividendos extraordinários possam ser pagos com o anúncio do novo Plano Estratégico, marcado para 21 de novembro.
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O BTG Pactual mencionou que a não declaração de dividendos extraordinários no momento não era uma surpresa, uma vez que isso não estava previsto como o cenário-base, mas que esses dividendos devem ser distribuídos quando o novo plano for divulgado.
O lucro líquido da Petrobras foi de R$ 32,6 bilhões, representando um crescimento de 22,3% em relação ao trimestre anterior, enquanto a receita líquida ficou em R$ 129,6 bilhões, um aumento de 6% em comparação com o segundo trimestre de 2024. No entanto, a produção de petróleo e gás natural foi de 2,65 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), uma queda de 6,6% na comparação anual.
Os custos de produção caíram levemente para US$ 8,2 por barril, com a expectativa de que continuem a diminuir à medida que a produção aumentar nos próximos trimestres. No segmento de refino, a margem de 5% foi considerada fraca, refletindo a estratégia de preços da empresa para aumentar a participação de mercado.
O BTG Pactual continua otimista em relação às ações da Petrobras, destacando que, apesar dos ruídos políticos, a governança sólida da companhia deve continuar a sustentar um FCL forte e dividendos acima das expectativas do mercado. A recomendação do BTG Pactual é de “compra”, com um preço-alvo de US$ 19,00, apontando um potencial de valorização de 40,9%.
Conforme o Safra, a Petrobras conseguiu manter a estabilidade do Ebitda, apesar da queda nos preços do petróleo e margens de refino mais fracas. A produção, embora estável em 2,1 milhões de barris por dia, ainda sofreu um leve recuo em relação ao trimestre anterior. O Safra também destacou a posição de caixa robusta da empresa, o que pode viabilizar maiores pagamentos de dividendos nos próximos meses.