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Petróleo a US$ 100 está “de volta na mesa”

O petróleo saltou mais de 5% na sessão, diante de notícias de novo ataque do Irã a Israel e incursão terrestre do país no sul do Líbano

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Petróleo 984

O petróleo fechou em forte alta nesta quinta-feira, 3, enquanto investidores temem que o avanço do conflito no Oriente Médio possa ameaçar a oferta da commodity. Também nesta quinta, o mercado ponderava indicadores que sugerem uma atividade mais resiliente do que o previsto nos Estados Unidos.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para novembro fechou em alta de 5,14% (US$ 3,61), a US$ 73,71 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 5,03% (US$ 3,72), a US$ 77,62 o barril. Ambos alcançaram seus maiores níveis desde agosto.

Israel e Líbano

O petróleo saltou mais de 5% na sessão, diante de notícias de novo ataque do Irã a Israel, após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dizer que a possibilidade de Israel bombardear instalações petrolíferas do Irã estava sendo discutida com representantes israelenses; e conforme Israel sinaliza nova incursão no Líbano.

IDF Israel
(Imagem: Divulgação/ IDF Israel)

As Forças Armadas de Israel (IDF) ordenaram no período da tarde desta quinta-feira (pelo horário de Brasília) que cidadãos que residem ao sul do Líbano evacuem suas casas e se dirijam a regiões seguras, em uma nova sinalização de que pretende avançar em sua incursão terrestre contra o Hezbollah.

Além disso, o IDF afirma ter atingido mais 15 alvos do Hezbollah no Líbano, em regiões residenciais, informaram os militares, em nota.

Ainda, um índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços acima do consenso nos EUA reforça a tese de resiliência da economia americana e a expectativa de demanda sustentada pela commodity à frente.

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Petróleo a US$ 100

Segundo Bruno Cordeiro, da StoneX, agentes também monitoram greves de funcionários de portos localizados na costa do Golfo e na costa leste norte-americana. “Há um receio grande por parte do mercado de que essa greve, caso se estenda, possa afetar de maneira mais significativa as exportações do óleo bruto para os Estados Unidos”. diz.

Ipek Ozkardeskaya, do Swissquote Bank, afirma que algumas vozes otimistas estão surgindo, colocando o patamar de US$ 100 por barril de volta na mesa.

Segundo ela, contudo, os desafios macroeconômicos dão pouco suporte a tal recuperação nos preços do petróleo – mesmo com a configuração geopolítica confusa no Oriente Médio.

Ainda assim, segundo a analista, é improvável que o petróleo ultrapasse a faixa de US$ 88-90 por barril, dado que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados estão se preparando para aumentar a produção até o final do ano.

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