O petróleo fechou nesta quarta-feira, 21, em queda pelo quarto pregão consecutivo, com o mercado acompanhando de perto o nível de estoques e as revisões nos dados do mercado de trabalho nos EUA, sem tirar do radar o conflito no Oriente Médio.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI (WTI) para outubro fechou em queda de 1,69% (US$ 1,24), a US$ 71,93 o barril, enquanto o Brent (BRENT) para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 1,49% (US$ 1,15), a US$ 76,05 o barril.
<<<Você frente a frente com Barsi: MBA tem desconto de R$ 8 mil hoje>>>
Pela manhã, os preços chegaram a subir após o Departamento de Energia (DoE) dos EUA registrar uma forte queda nos estoques da commodity durante a última semana, bem maior do que esperavam os analistas.
Mesmo assim, o ímpeto foi se dissipando ao longo da sessão, e o petróleo voltou a cair, com o mercado absorvendo a divulgação dos dados revisados do payroll.
De acordo com a Capital Economics, a revisão desta quarta não representa uma ameaça para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, e o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deve manter seu plano de reduzir os juros em 25 pontos-base em setembro, ao invés de 50 pb.
Mesmo assim, investidores seguem preocupados com a possibilidade de uma demanda fragilizada na maior economia do mundo, avaliando a probabilidade de recessão.
Segundo Fiona Cincotta, analista sênior do City Index, o otimismo em relação a um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas está reduzindo o prêmio de risco do petróleo, e também há constantes preocupações em torno da fraca demanda chinesa.
Enquanto as negociações por cessar-fogo seguem travadas, repercutiram notícias de que o Egito está cada vez mais cético sobre um acordo de paz entre Israel e Hamas.
Também mais cedo, o grupo libanês xiita Hezbollah lançou mais de 50 foguetes em um ataque nas Colinas de Golã, em território israelense na Síria.