Os contratos futuros do petróleo fecharam em forte alta nesta segunda-feira, 12, impulsionados por temores de escalada do conflito no Oriente Médio e apesar da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) cortar a projeção de crescimento da demanda global da commodity neste ano, conforme relatório divulgado hoje.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI (WTI) para setembro fechou em alta de 4,19% (US$ 3,22), a US$ 80,06 o barril, enquanto o Brent (BRENT) para outubro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 3,31% (US$ 2,64), a US$ 82,30 o barril.
Nas máximas do dia, o WTI atingiu maior nível desde 23 de julho e o Brent, desde 19 de julho.
Em relatório mensal divulgado hoje mais cedo, a Opep cortou sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2024 em 135 mil barris por dia (bpd), para 2,1 milhões de barris por dia (bpd).
No entanto, segundo o Wall Street Journal, fontes revelaram que Israel está no maior nível de alerta sobre ataque iminente pela primeira vez neste mês e que os Estados Unidos teriam enviado um segundo navio porta-aviões para a costa israelense.
A Fox News, por sua vez, revelou que um ataque iraniano pode acontecer em menos de 24 horas.
As tensões no Oriente Médio se sobrepuseram a sinais negativos de demanda e impulsionaram os preços de petróleo.
O mercado deve seguir com um déficit de oferta, afirma o analista Phil Flynn, do Price Futures Group. “No final do dia, a queda nos estoques é o que vai importar”, disse.
Em um avanço para a produção da commodity, a TotalEnergies anunciou hoje o início da produção do campo Anchor, localizado no Golfo do México, nos EUA.
Segundo a empresa, o local foi projetado para minimizar as emissões de gases de efeito estufa por meio de uma configuração elétrica, e vai utilizar tecnologias de aproveitamento de calor residual e recuperação de vapor.
*Com informações da Dow Jones Newswires
(Com Estadão Conteúdo)