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PIB menor e mais inflação: 2025 piora a cada semana

por Redação Dinheirama
Mercados Ibovespa Ações, Focus

A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 passou de 2,06% para 2,03%. Um mês antes, estava em 2,02%. Considerando apenas as 42 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 2,06% para 2,01%.

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A estimativa intermediária para 2026 passou de 1,72% para 1,70%. Um mês atrás, era de 1,80%. Levando em conta apenas as 38 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,72% para 1,70%.

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A mediana para o crescimento do PIB de 2027 se manteve em 1,96%, de 2,00% há um mês. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável em 2,0%, como já está há 48 semanas.

O Banco Central (BC) espera que a economia brasileira cresça 3,50% em 2024 e 2,10% este ano, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

Carne moída, supermercados, inflação
Carne moída (Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

Inflação

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 17ª semana consecutiva, de 5,51% para 5,58% – 1,08 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, era de 5,00%. Considerando apenas as 61 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 5,58% para 5,51%.

A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.

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Na última ata, o Comitê de Política Monetária (Copom) assumiu que o cenário para a inflação de curto prazo está adverso, com destaque para a alta dos preços de alimentos, influenciados pela estiagem e o ciclo do boi e com tendência de propagação. Os bens industrializados, por sua vez, são pressionados pelo movimento do câmbio. “Em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em doze meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”, diz o BC.

Já a mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu pela sétima semana seguida, de 4,28% para 4,30%. Um mês antes, estava em 4,05%. Considerando apenas as 41 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a projeção caiu de 4,28% para 4,23%.

O Copom aumentou a taxa Selic em 1 ponto porcentual, de 12,25% para 13,25%, na reunião de janeiro, e afirmou que a sua decisão é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.” O colegiado voltou a sinalizar que vai elevar os juros em mais 1 ponto, a 14,25%, no encontro de março.

O horizonte relevante do Banco Central é o terceiro trimestre de 2026, quando o Copom espera uma inflação de 4,0%, considerando o cenário de referência. A projeção para o IPCA de 2025 é de 5,2%. O balanço de riscos do comitê está assimétrico para cima.

A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 3,90%, patamar em que está há cinco semanas. A projeção para o IPCA de 2028 passou de 3,74% para 3,78%, o quinto aumento consecutivo, ante 3,56% um mês antes.

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central
Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central (Imagem: Raphael Ribeiro/ BCB)

Selic

A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu estável pela quinta semana consecutiva, em 15,00%. Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou os juros de 12,25% para 13,25%. O colegiado reiterou a sinalização de mais uma alta de 1 ponto porcentual, a 14,25%, na sua próxima reunião, de março.

Considerando apenas as 71 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 passou de 15,13% para 15,25%.

A mediana para os juros no fim de 2026 permaneceu em 12,50%. Um mês antes, era de 12,00%. Levando em conta apenas as 69 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 12,63% para 12,50%.

A estimativa intermediária para o fim de 2027 passou de 10,38% para 10,50%, ante 10,25% quatro semanas antes. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela sétima semana consecutiva.

Na ata da reunião de janeiro, o Copom afirmou que a elevação dos juros é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.” O colegiado espera inflação de 5,2% em 2025 e de 4,0% no terceiro trimestre de 2026, o horizonte relevante da política monetária.

Déficit primário

A mediana do relatório Focus para o déficit primário do setor público consolidado em 2025 continuou em 0,60% do Produto Interno Bruto (PIB) pela sétima semana consecutiva. A meta do Executivo é obter um déficit zero nas contas do governo central este ano, com tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB para mais ou para menos.

A estimativa intermediária do Focus para o déficit primário do setor público em 2026 permaneceu em 0,60% do PIB. Um mês atrás, era de 0,50%. A meta do ano que vem é de um superávit de 0,25% do PIB para o governo central, também com tolerância de 0,25 ponto para mais ou para menos.

Nominal

A estimativa intermediária do Focus para o déficit nominal de 2025 permaneceu em 8,90% do PIB. Um mês antes, era de 8,37%. A mediana para o rombo nominal de 2026 passou de 8,33% para 8,35%, contra 7,55% quatro semanas atrás.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. O resultado nominal reflete o saldo após o gasto com juros e outras despesas financeiras.

A mediana para a dívida líquida do setor público (DLSP) como proporção do PIB em 2025 passou de 66,30% para 66,10%. Um mês antes, era de 66,95%. A estimativa intermediária para 2026 continuou em 70,80%, de 71,19% um mês antes.

Déficit em conta-corrente

A mediana do relatório Focus para o déficit em transações correntes do Brasil em 2025 seguiu em US$ 51,80 bilhões. Um mês antes, era de US$ 50,00 bilhões. A estimativa intermediária para 2026 continuou em US$ 50,0 bilhões, o mesmo nível de quatro semanas atrás.

As expectativas do mercado sugerem que o déficit em conta corrente continuará sendo financiado com folga pelos Investimentos Diretos no País (IDP). A mediana para 2025 indica entrada líquida de US$ 70,0 bilhões, como está há oito semanas. A projeção para 2026 seguiu em US$ 75,0 bilhões em IDP, patamar que se repete há quatro semanas.

A mediana de superávit comercial em 2025 passou de US$ 75,70 bilhões para US$ 76,80 bilhões. Um mês antes, era de US$ 73,95 bilhões. A projeção para 2026 passou de US$ 77,0 bilhões para US$ 78,00 bilhões. Quatro semanas atrás, era de US$ 77,00 bilhões.

(Com Estadão Conteúdo)

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