Os efeitos da rápida adesão ao Pix e as discussões sobre mudanças nas regras dos cartões de crédito reduziram o apelo para as ações da Cielo (CIEL3) Stone (STOC31) e PagBank (PAGS34).
“Uma combinação de ventos contrários para a indústria de cartões e o aumento da intensidade competitiva está apagando rapidamente os ganhos de margem anteriormente modelados decorrentes da redução das taxas Selic”, avaliam os analistas do Itaú BBA, Pedro Leduc, William Barranjard e Mateus Raffaelli.
Eles explicam que as empresas de pagamentos listadas têm menos ferramentas de produtos para competir, o que pode levar a uma redução nas taxas de take-rate, que são os porcentuais de cada transação.
Isso deve diminuir as margens no segundo semestre de 2023 e em 2024.
Perspectivas para ações
Apesar da que dos papéis no começo do ano, o Itaú BBA acredita que os múltiplos continuarão descontados devido ao agravamento das tendências de lucros a curto prazo e a questões estruturais mais prolongadas.
“Recomendamos evitar o setor, preferindo bancos de qualidade em vez de adquirentes”, ressalta o relatório.
O Nubank (ROXO34) é a escolha de crescimento mais ampla, enquanto BTG Pactual (BPAC11) e B3 (B3SA3) são apontados como menos arriscados para aproveitar taxas de juros mais baixas.
Estimativas cortadas
A Cielo teve a sua recomendação mantida em market perform, com preço-alvo de R$ 3,90 para o final de 2024.
O PagBank foi cortado de outperform para market perform. O preço-alvo foi de US$ 13 para US$ 10.
A Stone agora é underperform, com preço-alvo reduzido de US$ 11 para US$ 9.